quarta-feira, 16 de junho de 2010

Alguns livros para leitura

* Contabilidade Geral Fácil - 6ª Ed. 2010
Ribeiro, Osni Moura / SARAIVA

*Contabilidade de Custos - 9ª Edição 2003
Martins, Eliseu / ATLAS

*Contabilidade Básica - Livro Texto - 10ª Ed. 2009
Marion, José Carlos / ATLAS

links

www.sitecontabil.com.br
www.iob.com.br
www.portaltributario.com.br (este inclusive uma lista atualizada dos tributos no Brasil)
www.portaldecontabilidade.com.br
www.uol.com.br
www.globo.com.br

Perguntas e respostas

1) Entre as afirmativas seguintes apenas uma está incorreta:a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de apuração do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais
b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade gerencial, fornecendo os dados de custos para auxílio ao controle e para tomada de decisões.
c) Os custos de produção reúnem o custo do material direto, o custo da mão de obra e os demais custos indiretos de fabricação
d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração
instrumentos que a auxiliem em suas funções gerenciais
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
Comentários: A alternativa “a” é absurda já que a contabilidade de custos fornece subsídios que auxiliam na tomada de decisões (contabilidade gerencial). É o que está nas alternativas “d” e “b”. A alternativa “c” nos dá a definição de custo de produção (CP = MD + MOD + CI)
A alternativa “e” relaciona gasto e custo. Há três tipos de gastos: custos, despesas e investimentos., Gasto é gênero, custos despesas e investimentos são espécies. Resposta: letra A

2) A firma Indústria & Comércio de Coisas forneceu as Contador as seguintes informações sobre um de seus processos de fabricação (em R$): Estoque inicial de materiais 2.000
Estoque inicial de produtos em processo 000
Estoque inicial de produtos em processo 4.500
Compras de materiais 2.000
Mão de obra direta 5.000
Custos Indiretos de fabricação 70% da mão de obra direta
ICMS sobre compras e vendas 15%
IPI sobre compras alíquota zero
Preço de venda 80
Estoque final de materiais 1.400
Estoque inicial de produtos acabados 75 unidades
Produção completada 150 unidades
Produção iniciada 200 unidades
Fase atual da produção 60%
Produção vendida 100 unidades
Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada podemos dizer que :
a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10%
b) o lucro alcançado sobre as vendas foi de 1.400
c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de 8.000
d) o custo dos produtos vendidos foi de 6.000
e) o custo dos produtos vendidos foi de 7.200
Comentários
Questão cheia de dados que para melhor visualização devem ser lançados em
razonetes. Entretanto, para resolução do problema precisamos de pouquíssimos destes dados. Observe que a questão nos dá o estoque inicial de produtos acabado (R$ 4.500) e o estoque inicial de produtos acabados (75 unidades). Com isto, temos o custo unitário de R$ 60,00 (4.500/75). Como a produção vendida foi de 100 unidades, o custo de produtos vendidos é de R$ 6.000 (60 X 100). Sobre o assunto, veja no livro de contabilidade de custos, capítulo 4, custeio por absorção que explica como lançar os dados em razonetes facilitando a resolução do problema. Resposta: letra D

3) A fábrica de Sorvetes Spuma iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$ 10.000, registrou as despesas de mão de obra direta à base de 60% dos materiais consumidos, aplicou custos indiretos estimados em R$ 6.000 e realizou despesas de R$ 3.000 com vendas.
No período, a fábrica vendeu 70% da produção, na qual usara 90% dos materiais comprados. Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que:
a) O custo de transformação foi de R$ 12.000
b) O custo por absorção foi de R$ 14.280
c) O custo primário foi de R$ 14.400
d) O custo do produto vendido foi de R$ 17.280
e) O custo total do período foi de R$ 20.400
Comentários: Outra questão que é melhor visualizada através de razonetes.
Analisemos cada um dos elementos dados: Materiais: Adquiriu 10.000 e utilizou 90%, isto é, 9000 Mão de Obra Direta: Corresponde a 60% do material utilizado. Logo: 9.000 X 60% = 5.400 Custos Indiretos: Foram totalmente apropriados Despesas: não é item da contabilidade de custos (custeio por absorção). Foi dado para confundir. O custo primário, por definição, é o Material Direto somado com a Mão de Obra Direta: CP = 9.000 + 5.400 = 14.400 Na letra “a”, o custo de transformação é a soma da mão de obra direta com os custos indiretos. No caso: 5.400 + 6.000 = 11.400 O custo de produção foi de: 9.000 + 5.400 + 6.000 = 20.400 O custo do produto vendido foi de 20.400 X 70% = 14.280 Observe que a questão tem duas respostas: custo primário, letra “c”, que é o que consta do gabarito oficial e letra “e”, o custo total do período que pode ser definido como o total de custos incorridos em uma fábrica em um determinado período. Questão passível de recurso. O assunto se encontra no segundo capítulo do livro de contabilidade de custos:
Elementos formadores do custo que explica com detalhes materiais diretos, indiretos, mão de obra, definições de custo de produção, de transformação etc, com numerosos exercícios de concursos. Respostas: letras C e E

4) O garoto Francisco de Assis largou o emprego para fazer um cursinho de treinamento durante 60 dias corridos. A mensalidade será de R$ 130,00 mais apostilas de R$ 35,00 e condução e alimentação de R$ 3,00 diários. O salário de Francisco no emprego abandonado era de R4 180,00 mensais, com encargos de previdência de 11%. Analisando-se gerencialmente a atitude de Francisco, com base exclusiva nos dados fornecidos, verifica-se que nesses dois meses, haverá:a) custo econômico de R$ 874,60
b) custo econômico de R$ 795,40
c) despesa efetiva de R$ 835,00
d) custo de oportunidade de R$ 475,00
e) custo de oportunidade de R$ 360,00
Comentários: O custo de oportunidade, de uma maneira simplificada, é quanto se deixa de ganhar na troca de um empreendimento para outro.
Custo do cursinho: 260 (2 meses) + 35 (apostilas) + 180 (3X 60) = 475,00
No emprego, Francisco deixou de receber (em 2 meses) 360,00 (2 X 180) que é o custo de oportunidade (Francisco está deixando de ganhar 360,00).
Resposta: letra e

5) A Industriazinha Ltda, adquiriu matérias-primas para serem utilizadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega em domicílio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados: Quantidade 500 unidades
Preço unitário R$ 8,00
IPI 10%
ICMS 17%
Despesas acessórias/frete R$ 240,00
No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. Os fretes não sofreram tributação. Com base nas informações fornecidas e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI como do ICMS, assinale o lançamento correto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos).
a)Produtos em Processo a Matéria Prima 1.896,00
b)Produtos Acabados a Matéria Prima 1.896,00
c) Produtos em Processo a Matéria Prima 2.376,00
d) Produtos em Processo a Matéria Prima 2.136,00
e) Produtos Acabados a Matéria Prima 2.136,00
Comentários: Como foram comprados 500 unidades ao preço unitário de R$ 8,00, o custo total foi de R$ 4.000 (500 X 8). Assim temos:
Preço 4.000
(-) ICMS (4.000 X 17%) (680)
(=) Custo da MP antes do frete 3.320
(+) Frete 240
(=) Custo da MP 3.560
(X) % utilizada na produção 60%
(=) Valor apropriado 2.136
Observações
1 – Normalmente o frete é somado ao custo da matéria prima, compondo a base de cálculo dos tributos porém, o problema afirma que os fretes não sofreram tributação
2 – O IPI não está “embutido” nos R$ 4.000, assim não entra no cálculo
3 – Sobre o assunto, capítulo 2 do livro de contabilidade de custos
Resposta: letra d

6) Na relação de custos abaixo estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do segundo trimestre de 2002 ocorridos na empresa Comércio & Indústria Ltda. Seguro contra incêndio incorrido R$ 2.100,00
Imposto predial R$ 2.400,00
Iluminação do prédio R$ 2.100,00
Depreciação do edifício R$ 2.400,00
Mão de Obra Direta R$ 2.400,00
Mão de Obra indireta R$ 2.100,00
Encargos sociais do período R$ 0,00. Com base nas informações acima, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação na conta Produtos em Processo foi de (em R$):
a) 9.000,00
b) 9.900,00
c) 11.100,00
d) 12.000,00
e) 13.500,00
Comentários: Nesta problema, basta separarmos os custos indiretos:
Seguro contra incêndio 2.100
Imposto predial 2.400
Iluminação do prédio 2.100
Depreciação do edifício 2.400
Mão de Obra Indireta 2.100
Total 11.100
Observações:
1 – Mão de Obra Direta é custo direto
2 – Sobre o assunto, no livro de contabilidade de custos é explicado detalhadamente a diferença entre os custos diretos e indiretos (capítulo 1) com numerosos exercícios de concursos. Resposta: letra c

7) A empresa Fabricante S/A produz os itens Alfa, Beta e Delta. O custo a ratear entre os três produtos totaliza R$ 36.000,00. O rateio é baseado nas horas-máquina (hm) trabalhadas para cada um deles.
Com o consumo de 120, 240 e 360 hm para cada tipo de produto, respectivamente, foi concluída a produção de 300 unidades, em quantidades rigorosamente iguais de Alfa,
Beta e Delta. O custo direto unitário também foi o mesmo para cada tipo de produto, ou
seja, R$ 250,00. Com base nessas informações, pode-se afirmar que:
a) o custo unitário de Delta foi de R$ 250,00
b) o custo unitário de Alfa foi de R$ 310,00
c) o custo unitário de cada um dos três produtos foi de R$ 370,00
d) o custo unitário de Beta foi de R$ 430,00
e) o custo total do período foi de R$ 36.000
Comentários O custo da hora-máquina é de R$ 50,00 (36.000/720)
Custo Indireto: De Alfa = 6.000 (50 X 120) De Beta = 12.000 (50 X 240)
De Delta = 18.000 (50 X 360) O custo total unitário (CTU) = Custo Direto + Custo Indireto. No problema foram produzidos 100 unidades de cada produto. O custo unitário indireto de Alfa é de 60,00 (6.000/100), de Beta, 120,00 (12.000/100) e de Delta, 180,00 (18.000/100). Logo:
CTU de Alfa: 60,00 + 250,00 = 310,00
CTU de Beta: 120,00 + 250,00 = 370,00
CTU de Delta: 180,00 + 250,00 = 430,00
Observação: Sobre o assunto, capítulo 4 do livro de contabilidade de custos onde são demonstrados os critérios de rateio. Resposta: letra B

8) Nas opções abaixo, assinale a afirmativa correta:a) o custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa sua
atividade produtiva a partir de encomendas específicas caracterizando uma produção contínua
b) A grande desvantagem da análise do ponto de equilíbrio está na sua complexidade. Dificulta os estudos de viabilidade econômica para avaliar empreendimentos potenciais.
c) O custeio por absorção é um processo cujo objetivo é ratear todos os elementos
variáveis do custo em cada fase de produção.
d) Custo-Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação e se divide nos tipos: estimado, convencional e corrente
e) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a empresa
realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear
custos indiretos aos produtos.
Comentários:
Letra A – Incorreta. O custeamento por ordem não é contínua
Letra B – Incorreta. O cálculo do ponto de equilíbrio é simples bastando aplicar fórmulas e é uma grande ferramenta para avaliar empreendimentos.
Letra C – Incorreta. No custeio por absorção são rateados todos os custos do período sejam eles fixos, variáveis, diretos ou indiretos.
Letra D – Incorreta. O Custo Padrão é uma estimativa de custo e pode ser corrente, estimado ou real.
Letra E. Correta. O rateio dos custos indiretos no sistema ABC é feito por atividade
(neste sistema também é possível fazer o rateio de despesas por atividade).
Observações - No livro de contabilidade de custos:
- Tipos de custeamento: capítulo 4
- Cálculo do ponto de equilíbrio: capítulo 6
- Diferenças entre custeio por absorção e custeio direto: capítulo 5
- Custo Padrão: capítulo 9 (todo dedicado a este sistema)
- Custeio ABC: capítulo 7 (todo dedicado a este sistema)
Resposta: letra e

Glossário

ALÍQUOTA - Percentual que será aplicado sobre a base de cálculo para apurar o valor de determinado tributo.

BASE DE CÁLCULO - Montante sobre o qual se aplica a alíquota para determinar o valor do tributo devido.

CGC/MF – Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda. Substituído pelo CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), da Receita Federal, identifica cada pessoa jurídica (firma/empresa/sociedade civil ou mercantil, ou companhia) existente no país. Nenhuma pessoa jurídica pode funcionar sem o número de sua inscrição no CNPJ.

CIC – Cartão de Identificação do Contribuinte. É o cartão personalizado (espécie de carteira de identidade) expedido pelo Ministério da Fazenda com o número da inscrição no CNPJ para todas as pessoas jurídicas e no CPF para todas as pessoas físicas.

CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, da Receita Federal. Identifica cada pessoa jurídica existente no país. Nenhuma pessoa jurídica pode funcionar sem o número de sua inscrição no CNPJ.

COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. É um tributo cobrado pela União sobre o faturamento bruto das pessoas jurídicas, destinado a atender programas sociais do Governo Federal. Sua alíquota, que era de 2%, foi aumentada para 3% em fevereiro de 1999.

CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária. Congrega todos os secretários da Fazenda das Unidades Federadas, os ministros da Fazenda e do Planejamento e outras autoridades federais da área econômica.

CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS – São designadas de Parafiscais as seguintes Contribuições: FGTS, Contribuições Econômicas, Taxas e Emolumentos.

CONTRIBUINTE – É o sujeito passivo de uma obrigação tributária. Toda pessoa – física ou jurídica – que paga tributo (sentido genérico) aos cofres públicos, quer seja da União, dos Estados, dos Municípios e/ou do Distrito Federal. O Código Tributário Nacional, em seu Art. 121, parágrafo único, I, conceitua como contribuinte o "sujeito passivo da obrigação principal ... quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador".

CPF – Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda, é um número identificador do contribuinte (pessoa física).

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. É outro tributo federal sobre o Lucro Líquido das empresas ou sobre o Faturamento/Receita Bruta (caso das empresas tributadas sobre o Lucro Presumido) das pessoas jurídicas.

DRAWBACK – Sistema de incentivos fiscais para o exportador. Consiste, basicamente, em suspensão, isenção ou restituição de tributos incidentes na importação de mercadorias utilizadas para beneficiamento no País e posterior exportação

ELISÃO OU PLANEJAMENTO FISCAL - conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. Não se confunde com sonegação (ou evasão), pois a elisão é o uso exclusivo de ferramentas lícitas, admitidas na legislação. Exemplo: escolha entre Lucro Real ou Presumido.

ENCARGOS SOCIAIS – Diz-se de todas as despesas que as empresas efetuam, compulsoriamente ou não, em benefício de seus empregados e familiares, direta e/ou indiretamente, incluindo aquelas que se destinam ao financiamento da seguridade social de responsabilidade do Poder Público e as demais contribuições sociais. Exemplo: FGTS sobre a folha de pagamento.

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. É formado por contribuições compulsórias do empregador sobre a folha de pagamento, depositadas na Caixa Econômica Federal em conta específica do empregado. O resgate da conta é admissível em determinadas situações, como despedida sem justa causa.

FUNDAF – Fundo de Desenvolvimento e Administração da Arrecadação e Fiscalização. É o fundo para o qual é recolhida parte das multas aplicadas aos contribuintes por irregularidades fiscais relativas aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal. Seus recursos destinam-se, prioritariamente, ao reaparelhamento da máquina arrecadadora/fiscalizadora da referida Secretaria, incluindo o pagamento da Retribuição Adicional Variável aos Auditores Fiscais e Técnicos do Tesouro Nacional, à guisa de estímulo.

ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, também chamado de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É um imposto estadual não-cumulativo. É a grande fonte de receita do Distrito Federal e dos Estados.

IMPOSTO – Segundo o Código Tributário Nacional, "imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte". Em outras palavras, é um tributo pago, compulsoriamente, pelas pessoas físicas e jurídicas para atender parte das necessidades de Receita Tributária do Poder Público (federal, estadual ou municipal), de modo a assegurar o funcionamento de sua burocracia, o atendimento social à população e os investimentos em obras essenciais.

IMPOSTO CUMULATIVO – Diz-se de um imposto ou tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em conseqüência, na fixação de seu preço de venda.

IMPOSTO DECLARATÓRIO – Diz-se do tributo (imposto, taxa, Contribuições de Melhoria e Parafiscal, encargos/tarifas tributários etc.) que, para ser pago e/ou recolhido aos cofres públicos, depende da vontade ou de providências (preenchimento de declaração, formulário, DARF, carnê etc.) por parte do Contribuinte ou do Responsável pelo recolhimento, tais como IPI, ICMS, ISS, IPTU, ITR, IR, INSS, FGTS etc.

IMPOSTO EM CASCATA – O mesmo que Imposto Cumulativo.

IMPOSTO INDIRETO – Diz-se do tributo não explicitado na Nota Fiscal, cujo valor, embutido no preço final do produto, é repassado ao consumidor. Exemplo: o imposto direto que se paga na conta do telefone ou de energia elétrica, transforma-se em imposto indireto quando repercute no preço final do produto.

IMPOSTO NÃO-CUMULATIVO – Diz-se do imposto/tributo que, na etapa subseqüente dos processos produtivos e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo imposto/tributo pago/recolhido na etapa anterior. Exemplos: IPI e ICMS.

IMPOSTO PROGRESSIVO – Diz-se do imposto em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Um exemplo disto é a Tabela do Imposto de Renda – Pessoa Física, cuja alíquota varia de 15 a 27,5%, conforme a renda.

IMPOSTO PROPORCIONAL – É aquele em que a alíquota é constante (igual/uniforme/fixa) e cujo resultado só aumenta à proporção em que aumenta o valor sobre o qual incide. É um tributo de alíquota inalterável, qualquer que seja o montante tributável ou a base tributária.

IMPOSTO REGRESSIVO – Diz-se do imposto em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores.

IMPOSTO SELETIVO – Diz-se do imposto que incide somente sobre determinados produtos. No sistema tributário atual os impostos sobre bebidas alcoólicas, fumo, perfumes/cosméticos e carros (automóveis), dentre outros, são seletivos, porquanto têm alíquotas diferenciadas. Por sinal, no sistema tributário nacional vigente, a seletividade tributária praticamente tornou-se uma regra, ao invés de exceção.

INCENTIVOS FISCAIS (ou BENEFÍCIOS FISCAIS) - Redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus tributário, oriundo de lei ou norma específica.

IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários, também chamado de Imposto sobre Operações Financeiras. É um tributo que integra a receita da União e é cobrado sobre operações financeiras e seguros. Seu percentual varia de acordo com o tipo de operação, conforme a política monetária adotada pelo Poder Executivo através do Banco Central.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. É um imposto federal cobrado das indústrias sobre o total das vendas de seus produtos e das pessoas jurídicas responsáveis pela importação de produtos em geral. Sua alíquota é variável.

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano. É um imposto municipal recolhido anualmente (normalmente parcelado em algumas prestações mensais) pelos proprietários de edificações (casas, apartamentos etc.) e terrenos urbanos. Sua alíquota e sua metodologia de cálculo variam de um Município para outro.

IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. É um tributo estadual pago anualmente pelo proprietário de todo e qualquer veículo automotor ao qual seja exigido emplacamento. Do total arrecadado, 50% cabe ao Estado e 50% ao Município onde ocorreu o emplacamento.

IRPF – Imposto de Renda das Pessoas Físicas. É um tributo federal. Pagam-no as pessoas físicas sobre sua renda, sobre ganhos de capital (como o lucro imobiliário) e sobre o rendimento de aplicações financeiras.

IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas. É um tributo federal. Pagam-no as pessoas jurídicas não imunes/isentas sobre seu Lucro Real, após as adições e exclusões efetuadas sobre os lançamentos constantes do Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real), ou sobre o Faturamento/Receita Bruta, caso a empresa haja optado pelo pagamento do IR por Lucro Presumido, cujo percentual de presunção oscila entre 1,6% a 32%, conforme o tipo de atividade da empresa.

IRRF/PF – Imposto de Renda Retido na Fonte – Pessoa Física. É o imposto de renda da pessoa física que é retido no ato do pagamento do salário, pro labore, férias, 13o salário e outras vantagens pessoais. Esse desconto mensal (IRRF) não isenta o Contribuinte do pagamento do imposto de renda remanescente apurado quando da apresentação de sua Declaração de Rendimentos (Declaração de Ajuste Anual) no ano seguinte.

IRRF/PJ – Imposto de Renda Retido na Fonte – Pessoa Jurídica. É o imposto retido sobre os pagamentos efetuados por uma pessoa jurídica a outra pessoa jurídica, variando de 1,0% a 1,5%, dependendo da atividade da empresa prestadora de serviço. O valor retido será compensado quando da apuração do Imposto de Renda devido.

ISS – Imposto Sobre Serviços é um tributo municipal. Incide sobre a prestação, por pessoas físicas e jurídicas, de serviços listados sujeitos ao imposto. A alíquota varia conforme a legislação de cada Município, indo de 2 a 5%.

ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis. É um imposto municipal, de responsabilidade do comprador, pago/recolhido por este nas transações imobiliárias.

ITCD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direito. É um imposto estadual sobre a transmissão de herança e doações.

ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, também chamado de Imposto Territorial Rural. Equivalente ao IPTU (municipal), pagam-no os proprietários dos imóveis territoriais rurais.

IVA – Sistema de cobrança de imposto apenas sobre o valor adicionado ou agregado ao preço anterior do produto. Ver Imposto Não-Cumulativo.

NF – Nota Fiscal. Documento de emissão obrigatória por todas as pessoas jurídicas, civis e mercantis, no ato da comercialização de bens, produtos, mercadorias e serviços. É emitida nas vendas à vista ou nas vendas a prazo (faturadas/a prestação). Através desse documento é possível à fiscalização fazendária proceder ao levantamento do imposto devido e não recolhido. A sua não emissão ou a emissão com valor inferior (a chamada meia–nota) é uma das práticas lesivas ao Fisco mais comuns, sendo a maior responsável pela evasão/sonegação de Receita Tributária.

PIS/PASEP – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Para mantê-los, as pessoas jurídicas são obrigadas a contribuir com uma alíquota variável (de 0,65% a 1,65%) sobre o total das receitas, com exceção das microempresas e empresas de pequeno porte que hajam aderido ao SIMPLES.

PIS/PASEP SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO – É um tributo federal de 1,0% sobre a folha de pagamento devido pelas entidades sem fins lucrativos.

RFB - Sigla da Secretaria da Receita Federal do Brasil, instituída pela Lei 11.457/2007. Incumbe-lhe planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento dos tributos federais.

SIMPLES
– Tratamento tributário simplificado aplicável às microempresas ou empresas de pequeno porte, também denominado Simples Nacional ou Super Simples, estabelecido pela Lei Complementar 123/2006.

SONEGAÇÃO - Ato ou efeito de sonegar, deixar de informar tributo devido ou declará-lo de forma parcial, alterar documentos e notas fiscais, visando reduzir o pagamento de impostos. Também chamado de evasão fiscal.

SRF
– Secretaria da Receita Federal, órgão do Ministério da Fazenda encarregado da administração e arrecadação de tributos federais. Foi unificada com a Secretaria da Receita Previdenciária, pela Lei 11.457/2007, passando a chamar-se RFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil.

TAXA
– É o tributo cobrado pelo Poder Público a título de indenização pela produção e oferecimento "de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição". Não pode, no entanto, ser confundido com os valores cobrados pela prestação de serviços públicos, através de empresas públicas ou de economia mista, tais como tarifas telefônicas, fornecimento de força/energia elétrica, água etc.

TRIBUTO
– No conceito clássico engloba, apenas, impostos, taxas de serviços públicos específicos e divisíveis e contribuição de melhoria (decorrente de obras públicas). O vocábulo tributo também é usado, no sentido genérico, para todo e qualquer valor, a qualquer título, pago ao Poder Público sem aquisição/compra/transferência de bens e/ou serviços diretos e específicos ou de concessão. Neste caso, o termo tributo alcança impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições sociais e econômicas, encargos e tarifas tributários (com características fiscais) e emolumentos que contribuam para a formação da receita orçamentária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Contabilidade Gerencial e Gestão Financeira

A intenção deste trabalho é apresentar a Contabilidade como um instrumento gerencial que está em contínua evolução, cada vez mais, considerada como ciência auxiliar de projeções para o processo decisório da Administração, que depende de tecnologia para o desenvolvimento de seus projetos.

A Contabilidade, como ciência, apresentou muitas mudanças nas últimas décadas, mais do que nunca, deixou de ser apenas um instrumento de escrituração fiscal e histórica para contentar as exigências do estado e passou a ser considerada como uma ferramenta que atua diretamente na tomada de decisão.

Segundo Franco (1983, p.20) “A Contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel que a história, na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer nem o passado, nem o presente da vida econômica da entidade, não sendo também possível fazer previsões para o futuro, nem elaborar planos para a orientação administrativa.”.

Desta maneira, verifica-se que o estudo da Contabilidade é imprescindível aos profissionais de administração, pois estratégia e planejamento envolvem toda a organização, em seus diversos níveis . Acompanhamento e controle, devem estar lastreados em informações distintas e direcionadas para cada área de uma empresa, envolvendo ou não necessidades comuns para que a tomada de decisão ocorra naturalmente, como por exemplo: uma promoção de vendas e investimentos em propaganda são efetuados após a consulta efetiva a resultados anteriores e projeções realizados através da contabilidade.
Com a evolução da competitividade dos mercados, cada vez mais, as empresas buscam novas tecnologias que permitam à Administração vislumbrar perspectivas futuras para as organizações, por isto a Contabilidade também tem se desenvolvido muito nos últimos anos e, conceitos de gestão, qualidade, planejamento estratégico utilizados internamente somente pela Administração estão cada vez mais incorporados na prestação de serviços contábeis.
Os profissionais desta ciência, a cada dia que passa, contribuem mais efetivamente nas tomadas de decisões estratégicas das empresas através da “Auditoria de Gestão”. A auditoria interna que conhece os fatos passados e é capaz de projetar o que poderá acontecer com a escolha de determinada decisão, por isso pode avaliar quais informações podem ajudar os gestores na otimização de resultados, na análise de desempenho e, principalmente na tomada de decisões. Por auditoria de gestão entende-se “revisão, avaliações, emissão de opinião de processos e resultados exercidos em linhas de negócios, produtos e serviços no horizonte temporal presente/futuro.” (GIL, 1999).
Segundo Iudícibus (1993, p.15) “A Contabilidade Gerencial também se vale em suas aplicações de outros campos de conhecimento não circunscritos à Contabilidade.”. Reconhecendo assim que, o desenvolvimento das áreas tecnológicas como a informática, a logística, os recursos-humanos entre outras, aliados aos conhecimentos sociais, forneceram meios para que a Contabilidade utilize-se de técnicas, informações e relatórios feitos sob medida para favorecer as necessidades gerenciais dos administradores.
A Contabilidade não deve ser vista apenas como necessária para o cumprimento de obrigações fiscais e determinações legais. Ela deve ser notada como poderoso instrumento administrativo, capaz controlar efetivamente todo o patrimônio da empresa e de fazer a diferença no mercado, hoje tão competitivo. Sob o aspecto legal, além de obrigação, mantê-la em ordem significa tranqüilidade. Enfocando o aspecto fiscal e tributário, ela exerce efetivamente controle sobre os impostos, taxas e contribuições, proporcionando dados e informações seguras para o correto planejamento tributário e o aproveitamento de eventuais benefícios ou incentivos. Além de que, na área econômico-financeira traduz-se em importante instrumento de controle e de acompanhamento dos rumos da empresa, permitindo à administração a detecção e correção de procedimentos, que muitas vezes, poderiam levar a perdas irreparáveis.
Segundo a Convenção Contábil da Materialidade: “O contador deverá, sempre, avaliar a influência e materialidade da informação evidenciada ou negada para o usuário à luz da relação custo-benefício, levando em conta aspectos internos do sistema contábil...” (FIPECAFI, 1994). Além disto, as informações decorrentes da Contabilidade, não se restringem apenas aos limites das empresas, mas também a outros segmentos de usuários, como por exemplo: investidores, fornecedores, bancos, o governo, sindicatos, funcionários, entre outros interessados, pois são notadas e avaliadas também para posicionamento e decisões destes, na rotina de seu dia a dia.
Atualmente, os avanços tecnológicos na área contábil vêm sendo marcados pelo ritmo acelerado das inovações aplicadas no mercado. Esses fatos, aliados à disseminação da tecnologia da informação nas atividades empresariais, têm destacado a necessidade de reflexão sobre as mudanças provocadas por estes avanços. Nota-se então a necessidade da gestão de toda a tecnologia disponível, para que se avaliem as contribuições recebidas através destas mudanças para a geração de informações aos usuários da Contabilidade.A competitividade aumentou em todas as atividades de mercado devido às novas tecnologias empregadas para a transmissão de informações. Este fato reduziu as distâncias e disponibilizou com maior rapidez, produtos, serviços e idéias às entidades.
Para as empresas e seus profissionais, estes fatos são assustadores e desafiadores, devido ao fato de que podem comprometer a continuidade de suas atividades por meio do confronto dessas mudanças que promovem a busca de alternativas para crescer e sobreviver.
A melhor alternativa, é sem dúvida alguma o investimento em tecnologia, pois nela se encontram a maior parte das vantagens competitivas a serem utilizadas como diferenciais de mercado. Segundo Porter ( 1992, p.153) “De todas as coisa que podem modificar as regras das concorrências, a transformação tecnológica figura entre as mais proeminentes”.
De modo geral, concorda-se que a finalidade das atividades contábeis é gerar informação relevante aos seus diversos usuários. Por isto a Contabilidade, bem como as demais atividades profissionais, a necessidade de uma atitude inovadora é fundamental para manter a competitividade.
Segundo Porter (1999, p.89) “Os novos recursos tecnológicos também possibilitam a análise e utilização mais abrangente dos dados ampliados”. O que ocorre realmente, é que a oferta de recursos tecnológicos para a geração de informações, para todas as áreas de uma empresa, é muito ampla. O ferramental disponibilizado pela tecnologia da informação gera mais e mais dados à medida que as empresas desempenham suas atividades e possibilitam a captação de informações novas que surgem a cada momento e que ainda não existiam e contribuem para a melhora das tomadas de decisões A função e o desafio profissionais da Contabilidade, deixaram de ser nos últimos anos apenas narrativos e se transformaram na necessidade de atender aos seus diversos segmentos de usuários, com suas diversidades e necessidades de informações, para o eficaz gerenciamento das suas atividades.

Os contadores têm um importante papel no processo de solução de problemas, não como responsáveis por decisões, mas como responsáveis pelo levantamento e pela informação de dados que interessam. Seus relatórios têm que apresentar dados válidos, números que meçam as quantidades pertinentes para a decisão a ser tomada. Muitos administradores querem que o contador faça recomendações sobre a decisão apropriada, apesar de a escolha final sempre ser do executivo de linha. (VASCONCELOS, 2001).
O Contador vem assumindo uma função que oferece à sociedade vários benefícios, incluindo menores riscos ao investir, e melhor destinação do recurso e, a indiscutível capacidade de aprender a lidar com mudanças e com as idéias de melhorias. No seu dia-a-dia, o profissional contábil se deparara com inúmeras demandas oriundas de diversas fontes: governo, no tocante à legislação tributária, instituições financeiras, quando a empresa necessitar recorrer à fonte externa de financiamento ou empréstimo; aos sócios, acionistas e proprietários de quotas societárias, além dos administradores, diretores e executivos incumbidos de tocar a administração das empresas.
O Contador gerencial, realmente assume e entende as noções de risco, incerteza, custo de oportunidade, e com isto, entra no pricing de produtos e serviços munido de um ferramental mais poderoso de análise econômico-financeira, por isto é que hoje em dia já pode ser considerado como o “braço direito” dos administradores no processo de tomada de decisão.
A busca por melhorias e inovações tecnológicas deve ser sempre efetuada pela Contabilidade, bem como em áreas afins que possam ser usadas pela contábil, pois todas as mudanças ocorridas até o momento, nas áreas tecnológicas, denotam que é necessário o monitoramento de todos os seus avanços, já que o mercado exige cada vez mais, maior velocidade e qualidade na informação de que necessita.
É importante ressaltar que o conhecimento do ciclo de vida das entidades é muito importante para que a tecnologia da informação e suas inovações possam ser aproveitadas para a formação de informações, provindas das diversas áreas de uma organização, para que essas possam ser direcionadas às tomadas de decisões.
As atividades contábeis passaram a exercer o papel de auxiliar da administração , pois sua principal função gerencial, é fornecer informações distintas sobre as mudanças ocorridas no patrimônio, a cada momento, para que a tomada de decisões, em todos os níveis de sua atividade, colaborem para o crescimento das entidades.
Como a Contabilidade é tão importante, é aconselhável que todos os administradores
de todos os tipos de organização compreendam sua utilidade e suas limitações. Os presidentes de empresas, os gerentes de produção, os contadores públicos, os administradores de hospitais, os controllers, os administradores de escolas, os gerentes de vendas e os políticos ficam mais preparados para exercer suas funções quando conseguem entender razoavelmente informações contábeis.
O estudo de contabilidade administrativa pode ser particularmente frutífero, pois ele
nos ajuda a entender o ponto de vista dos que estão sujeitos a medidas contábeis de
desempenho e que muitas vezes dependem muitíssimo de dados contábeis para se orientarem em suas decisões. Não há escapatória para a relação entre contabilidade e administração. Por isso, o estudo de contabilidade administrativa ajudará, independentemente de vir a ser um
gerente ou um contador ou vir a trabalhar no comércio varejista, na indústria, na área de assistência à saúde, na administração pública.
Quanto mais os administradores souberem de contabilidade, melhor poderão planejar e
controlar as atividades de sua organização e suas subunidades. Os administradores ficarão prejudicados em seu relacionamento com partes de dentro e de fora da empresa se seu entendimento de contabilidade for por alto ou confuso. Portanto, o aprendizado de contabilidade é quase sempre um investimento que vale a pena.
Um sistema contábil é um meio formal de se reunir dados para ajudar e coordenar
decisões coletivas à luz das metas ou objetivos gerais de uma organização. O sistema contábil é o maior sistema de informações quantitativas de quase todas as organizações. Um sistema
contábil eficaz dá informações para três finalidades amplas:
Relatórios internos para administradores, para uso no planejamento e controle das
atividades de rotina;
Relatórios internos a administradores, para serem usados no planejamento
estratégico, quer dizer, na tomada de decisões especiais e na formulação de políticas globais e de planos de longo prazo;
Relatórios externos para acionistas, para o governo e para outras partes externas.
Os meios que os sistemas contábeis se servem para cumprir os fins, de acordo com
determinados níveis organizacionais, é por meio de coleta, classificação e relatório de dados.
Em suma, a tarefa dos contadores de fornecer informações tem três facetas:
Registro. É a acumulação de dados. Este aspecto da contabilidade permite que partes
internas e externas avaliem o desempenho e a posição organizacional.
Direção da Atenção. É o relatório e a interpretação de informações que ajudam os
administradores a concentrar-se nos problemas, imperfeições, ineficiências e oportunidades operacionais. Este aspecto da contabilidade ajuda os administradores a lidar com importantes aspectos das operações com a devida rapidez para que possam tomar medidas eficazes com um planejamento sensível ou com uma supervisão diária perspicaz. A direção da atenção está comumente associada ao planejamento e controle do momento e à análise e investigação de relatórios contábeis internos de rotina.
Solução de Problemas. Este aspecto da contabilidade envolve a quantificação concisa
dos méritos relativos de possíveis alternativas de ação, muitas vezes com recomendações para o melhor procedimento. A solução de problemas está comumente relacionada a decisões não repetitivas, a situações que exigem análises contábeis de relatórios.
As tentativas de se fazer às distinções acima, às vezes, superpõem umas as outras ou
se misturam, mas ajudam a entender os objetivas e as tarefas dos contadores e dos
administradores.
Algumas caracterizações da contabilidade gerencial
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e
tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório
A Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informação contábil útil à
Administração Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.
Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial foram
desenvolvidos para diferentes propósitos e para diferentes usuários das informações
financeiras. Há, contudo, numerosas similaridades e áreas de sobreposição entre os métodos da contabilidade financeira e gerencial.
1. Administradores para o planeja
mento estratégico e decisões espe
ciais.
2. Administradores para o planeja
mento e o controle das operações
de rotina.
3. Informações externas para
investidores, agentes fiscais,
órgão reguladores e outros.
Dados para a solução de
problemas.
Dados de Registros
Dados de direção da atenção
Dados para a solução de
problemas
Dados de Registros.
Principais Fins:
Ajudar as decisões:
Principais Meios:
Dados contábeis:
Meios e fins de um sistema contábil
Contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informações
econômicas de uma empresa dirigidas a uma clientela externa: acionistas, credores (bancos,debenturistas e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades governamentais tributárias.
A informação contábil financeira comunica aos agentes externos as conseqüências das
decisões e das melhorias dos processos executadas por administradores e funcionários. O processo contábil-financeiro está restrito aos requisitos obrigatórios de elaboração de relatórios por parte das autoridades regulamentadoras externas , tais como o Financial Accounting Standards Board (FASB) e a Securities and Exchange Comission (SEC) nos Estados Unidos, assim como pelas agências governamentais de impostos. Conseqüentemente, a contabilidade financeira tende a ser direcionada por regras, e os estudantes de contabilidade financeira estudam lançamentos no diário e procedimentos que geram os demonstrativos financeiros obrigatórios.
A Contabilidade Gerencial deve fornecer informações econômicas para a clientela
interna: operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos seniores. As empresas são muito reservadas na elaboração de seus sistemas de contabilidade gerencial. Os administradores devem usar essa discrição para desenhar sistemas que forneçam informações que ajudem os funcionários a tomar boas decisões, não apenas sobre seus recursos organizacionais (financeiros, físicos e humanos), mas, também, sobre seus produtos, serviços, processos, fornecedores e clientes. As informações geradas pela contabilidade gerencial podem auxiliar os funcionários a aprender como fazer o seguinte:
1. Melhorar a qualidade das operações.
2. Reduzir os custos operacionais.
3. Aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes.
Entretanto, os estudantes de contabilidade gerencial atentam para as decisões e
necessidades informacionais dos participantes da empresa.
Dessa descrição sucinta, pode parecer lógico que o processo contábil começaria pela
determinação da informação necessária para propósitos internos e, após elaborar um excelente sistema de contabilidade gerencial, tratar das necessidades da clientela externa considerando o impacto econômico dessas decisões internas. Decerto, no século XIX, os sistemas contábeis das empresas foram desenhados para atender às tomadas de decisões e as necessidades de controle dos administradores.
Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que
faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil.
Medidas da condição econômica da empresa, como as de custo e lucratividade dos
produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades das empresas, são obtidas dos sistemas de contabilidade gerencial. Além disso, a informação gerencial contábil mede o desempenho econômico de unidades operacionais descentralizadas, como as unidades de negócios, as divisões e os departamentos. Essas medidas de desempenho econômico ligam a estratégia da empresa à execução da estratégia individual de cada unidade operacional. A informação gerencial contábil é, também, um dos meios primários pelo qual operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos recebem feedback sobre seus desempenhos, capacitando-os a aprenderem com o passado e melhorarem para o futuro.
Por fim, as empresas obtêm sucesso e prosperam com base na elaboração de produtos
e de serviços que os clientes valorizam, produzindo-os e distribuindo-os aos clientes por meio de processos operacionais eficientes, divulgando e vendendo, efetivamente, os resultados da empresa aos clientes. Embora a informação gerencial contábil não possa garantir o sucesso dessas atividades organizacionais críticas, seu mau funcionamento resultará em severas dificuldades para as empresas. Sistema de contabilidade gerencial efetivos podem criar valores consideráveis, fornecendo informações a tempo e precisas sobre as atividades requeridas para o sucesso das empresas atuais.
Dependendo do nível organizacional, a demanda pela informação gerencial contábil é
diferente. Ao nível de operador (linha de frente), onde a matéria prima ou as peças adquiridas são convertidas em produtos acabados e onde os serviços são executados para os clientes, primariamente, a informação é necessária para controlar e melhorar as operações. A informação é desagregada e freqüente; ela é mais física que financeira e econômica. À medida que se sobe na empresa, os gerentes intermediários supervisionam o trabalho e tomam decisões sobre recursos físicos e financeiros, produtos, serviços e clientes. Esses gerentes podem receber informação gerencial contábil com menor freqüência e maior grau de agregação. Eles a usam para receber sinais de alerta sobre aspectos operacionais que estão diferentes das expectativas. Os gerentes intermediários, também, usam a informação gerencial contábil para ajudá-los na elaboração de melhores planos e nas decisões.Os executivos dos mais altos níveis da empresa recebem informação gerencial contábil que resume as transações e eventos que ocorrem com cada operador, cliente e níveis departamentais; eles usam essa informação para apoiar decisões que têm conseqüências em longo prazo para a empresa. Normalmente, os executivos recebem a informação com menor freqüência, já que a utilizam para decisões estratégicas, em vez de usarem-na para decisões operacionais. Historicamente, os executivos de nível sênior têm usado a informação
financeira, quase que exclusivamente, para avaliar os efeitos de eventos econômicos globais sobre toda a empresa.
Recentemente, entretanto, executivos seniores, monitoram um conjunto maior de
indicadores balanceados que inclui muito mais informações não financeiras, particularmente, sobre os seguintes fatores:
1. Clientes e mercador
2. Inovações em produtos e serviços
3. Qualidade total, tempo de processamento, e custo dos processos internos
críticos
4. Capacidade dos funcionários e dos sistemas da empresa.
Esse cartão de desempenho de negócios, o scorecard, capacita os executivos seniores a não monitorar o desempenho passado, como também a entender os direcionadores do desempenho futuro.
Os contadores gerenciais não podem esperar que um único conjunto padronizado de
relatórios vá atender a todas as necessidades dos funcionários e dos gerentes. Essa
necessidade de adequar a informação gerencial contábil para cada tipo de cliente, ou seja, funcionários e gerentes, em termos de decisão, aprendizagem e controle.
Consideremos a distinção entre autoridade de linha e autoridade de assessoria. Quase
todas as organizações específicas certas atividades como sua missão básica, como, por exemplo, a produção de vendas de bens e serviços. Todas as subunidades da organização diretamente responsáveis pela execução destas atividades básicas chamam-se departamentos de linha. As outras são chamadas de departamentos de assessoria, pois sua principal tarefa é dar suporte ou prestar serviço aos departamentos de linha. Assim, as atividades de assessoria estão indiretamente relacionadas com as atividades básicas da organização.
O controller tem um papel de assessoria, contrastando com os papéis de linhas dos
executivos de vendas e de produção. O departamento de contabilidade tem a incumbência de prestar serviços especializados a outros administradores, inclusive aconselhamento e ajuda em matéria de orçamento, análise de variações, determinação de preços e tomada de decisões especiais. O departamento de contabilidade não tem autoridade direta sobre os departamentos de linha: sua autoridade de prescrever métodos uniformes de contabilização e de relatórios é delegada ao controller pela administração de linha superior. O procedimento contábil
uniforme é autorizado pelo presidente da empresa e implantado em seu nome pelo controller. Quando este prescreve o papel do departamento de linha de fornecer informações contábeis, não está agindo como o controller, isto é, como um membro da assessoria, está agindo em nome da administração de linha superior.

Muito embora, o papel do contador no Brasil ainda esteja em transição, podemos
destacar, sua importante influência nas decisões especiais dentro de uma empresa, uma vez, que a perfeita definição para a função seja de “maior intérprete da linguagem de negócios”, interesse diretamente, os executivos de linha.
Os contadores têm um importante papel no processo de solução de problemas, não
como responsáveis por decisões, mas como responsáveis pelo levantamento e pela informação de dados que interessam. Seus relatórios têm que apresentar dados válidos números que meçam as quantidades pertinentes para a decisão a ser tomada. Muitos administradores querem que o contador faça recomendações sobre a decisão apropriada, apesar de a escolha final sempre ser do executivo de linha.
Deve-se Ter sempre em mente a distinção entre precisão e interesse. Em termos ideais, os dados devem ser precisos (exatos) e de interesse (pertinentes).
Os aspectos de cada alternativa podem ser divididos em duas categorias amplas:
qualitativos e quantitativos. Os fatores qualitativos são aqueles para os quais é difícil e imprecisa uma mensuração em unidades monetárias; no entanto, um fator qualitativo pode, facilmente, ter um peso maior que uma economia de custo mensurável. Por exemplo, a oposição de um sindicato ativo à aquisição de novas máquinas poupadoras de mão-de-obra, pode fazer com que um executivo adie ou até rejeite de todo a instalação pretendida. Por outro lado, a possibilidade de se fabricar um componente a um custo inferior ao preço de venda do fornecedor pode ser rejeitado, porque, se fosse aceita, poderia fazer com que a empresa passasse a depender do fornecedor, em longo prazo, para o fornecimento de outras sub montagens. Os fatores quantitativos são os que podem ser mais facilmente reduzidos a valores monetários_ por exemplo, os custos projetados de materiais alternativos, de mão-de-obra
direta e de despesas indiretas. O contador, a estatístico e matemático procuram exprimir o máximo possível de fatores de decisão em termos quantitativos. Este método diminui o número de fatores qualitativos a serem avaliados.
A solução de problemas é, em essência, decisão _ a escolha de um dentre vários
caminhos a serem seguidos. Estes caminhos são identificados por um processo de busca e triagem quase sempre demorado, formal ou informal, levado a cabo, talvez, por uma equipe da empresa formada por engenheiros, contadores e executivos de linha.
O papel do contador na solução de problemas é, basicamente, o de um técnico
especializado em análise de custos. A responsabilidade do contador é ter certeza de que o administrador se oriente por dados que interessam, informações que o levam a tomar a melhor decisão.
A decisão baseia-se na diferença do efeito de ambas sobre o desempenho futuro
Os dados históricos ou passados não têm influência alguma na decisão. Podem ser
úteis para se fazer previsões, mas os números passados, por si mesmos, são sem interesse pelo simples fato de não serem os dados futuros esperados que os administradores têm que usar em decisões inteligentes. As decisões afetam o futuro. Nada pode alterar o que já aconteceu; todos os custos passados já se foram no que diz respeito às decisões atuais ou futuras.
Dos dados futuro esperado, só os que diferirão entre as alternativas é o que interessam.
Qualquer item é desprovido de qualquer interesse se continuar inalterado
independentemente da alternativa escolhida.

Evitando que o estoque elevado comprometa o caixa

Nada mais complicado para uma empresa do que o saldo não ser suficiente para honrar os compromissos de pagamentos.

Várias podem ser as razões para que o caixa se encontre com saldo negativo. Neste artigo, vamos tratar dos problemas relacionados ao estoque elevado.

Nas empresas industriais e comerciais, principalmente, o estoque em crescimento, se estiver evoluindo em termos de recursos investidos, significa que a empresa está deixando mais recursos financeiros parados ao longo do tempo. Se essa quantidade de recursos, superar o volume de lucros gerados pela empresa, significa que está ocorrendo uma absorção de recursos do caixa, a famosa descapitalização.

Vamos a um exemplo, comparando dois meses:

Mês Estoque final Diferença Lucro gerado na empresa
1 R$10.000,00
2 R$15.000,00 R$5.000,00 R$3.000,00


Temos um comparativo do estoque final do mês 1 e 2, apresentando uma evolução desse estoque em R$ 5.000,00.

Partindo do princípio que a empresa apresentou no mês 2 um lucro líquido de R$ 3.000,00 – e que esse lucro serve como aumento da reserva de capital de giro –, foi utilizado todo o lucro gerado mais R$ 2.000,00, necessários para promover a evolução no estoque em R$ 5.000,00.

Muito provavelmente os R$ 2.000,00 a mais saíram do caixa da empresa, o que justificaria a existência de saldo negativo no caixa ou de descapitalização de caixa.

Veja duas atitudes para evitar o encalhe de recursos no estoque, e a consequente descapitalização:

- Rever e adequar seus procedimentos de compras;

- Fazer uma análise do estoque e planejar ações promocionais ou liquidações para incentivar as vendas dos produtos que estão com giro lento, promovendo a saída de certas mercadorias do estoque.

Para levantar as informações necessárias para esse tipo de análise, dois tipos de controles são necessários, um demonstrativo de resultados periódicos e um controle dos estoques.

O Demonstrativo de Resultados mostra o lucro líquido gerado no período e o Controle de Estoque mostra a situação dos itens em estoque.

Formação de preços

O desafio de formar e definir preços de venda é constante nos pequenos negócios. A necessidade de ajustes nos preços praticados, para mais ou para menos é atitude presente no dia a dia dos empresários.

Seja em função da prática dos concorrentes, da exigência dos consumidores ou do próprio aumento de necessidades, o preço de venda precisa sempre ser revisto e na medida do possível, se enquadrar nas novas regras do mercado.

O empresário precisa entender que o preço a ser cobrado do cliente tem uma grande importância na sobrevivência de sua empresa, pois é através dos preços praticados que a empresa forma o seu faturamento.

Mas então, o que deve ser considerado na formação de preços?

O preço cobrado na venda de uma unidade de produto ou serviço deve ser suficiente para colaborar na satisfação de todas as necessidades do negócio, pois é através dos preços praticados nas vendas totais que os recursos serão gerados para pagar todas as suas despesas e ainda gerar o lucro desejado.

Composição do preço de venda:
- Custo do produto, mercadoria ou serviço. Podemos considerar:
- No caso de empresas industriais, o quanto consumiu de matérias primas totais no produto até que ele estivesse acabado e o quanto consumiu de mão de obra no produto;

Gastos variáveis ou despesas variáveis:
- São os gastos que começam a existir quando há venda, ou seja, os gastos sobre as vendas, como os impostos, comissões sobre vendas e gastos com entregas;

Gastos fixos ou despesas fixas:
- São os gastos que existem no negócio independente do volume de vendas. Esses gastos têm uma representação menor no preço de venda quando se alcança um maior volume de vendas. Cada unidade vendida deverá gerar recursos suficientes para que se possa ao final do período pagar todas as suas despesas fixas;

Margem de lucro líquido desejado:
- o lucro líquido representa o crescimento do capital investido no negócio, portanto, trabalhar com margem pequena ou sem margem significa ter um aumento de capital pequeno ou nenhum aumento no caso de margem zero. A definição da margem pretendida depende do ramo de negócio, da prática dos concorrentes e ainda das expectativas de remuneração do capital investido por parte dos sócios.

Com essas informações, a empresa já consegue fazer cálculos e chegar a um preço inicial. O próximo passo é comparar esse preço calculado com o preço médio dos concorrentes para avaliar as dificuldades de praticá-lo. É sempre bom lembrar que, se o seu preço ficar acima do que é praticado pelos concorrentes, sua empresa deverá pensar numa maneira de mostrar para o cliente as vantagens que ele terá em comprar de você ao invés de comprar no concorrente somente pelo preço mais baixo. Caso o cliente não aceite a sua justificativa, e dê preferência ao preço mais baixo, a empresa deverá rever os seus gastos totais e a sua margem de lucro desejada, se enquadrando em novos valores que possibilitem um preço mais competitivo.

Uma outra informação também muito importante é o volume de vendas que o negócio precisa alcançar para satisfazer todas as necessidades, pois a venda de apenas 1 unidade não manterá o negócio vivo.

O Sebrae possui cursos, consultoria sobre esse tema e um vasto material didático no site ou em forma de publicações que podem ser obtidas nos escritórios regionais espalhados por todo o estado de São Paulo.

Enfim, tomar decisões sobre preço de venda não é tarefa fácil, mas há mais segurança quando se tem informações das práticas da concorrência, das necessidades dos consumidores, da prática ou parceria dos fornecedores, e acima de tudo, do controle dos gastos da própria empresa, pois um aumento nas despesas representará um aumento nas necessidades, o que forçará uma revisão nos preços praticados ou na quantidade vendida.

Rosendo de Sousa Júnior
Consultor Financeiro - Sebrae-SP

Análise dos Periódicos Brasileiros de Contabilidade

As relações entre finanças e inovação são complexas e multifacetadas. Recentemente, tanto aliteratura sobre crescimento econômico (a partir de Levine, 1997) como a tecnologia (a partir de O’Sullivan, 2004, Perez, 2002, Chesnais, 2006) têm dedicado maior atenção a esse tema. Esse interesse renovado faz justiça a autores clássicos e a historiadores da economia que contribuíram para indicar – nas suas linguagens específicas - como a articulação entre a dimensão monetário-financeira e a dimensão industrial-inovativa é decisiva para o desenvolvimento econômico.
Este artigo investiga as relações entre as dimensões monetário-financeira e industrial-inovativa na atualidade, a partir de uma comparação internacional. Dois exercícios empíricos distintos são realizados neste artigo. Primeiro, usando os dados em painel para os 212 países entre 1999 e 2003, procura-se identificar a relação entre os estágios de desenvolvimento econômico e as dimensões industrial-inovativa e monetário-financeira controlando pela especificidade de cada país e é possível ter uma avaliação preliminar sobre como estágios de desenvolvimento econômico são influenciados por essa articulação.
O segundo exercício empírico investiga o agrupamento de países com dimensões industrialinovativa e monetário-financeira semelhantes. Os resultados encontrados corroboram de certa forma a hipótese de efeitos recíprocos entre essas duas dimensões, a monetário-financeira e a industrial-inovativa.
Esta é a contribuição específica deste estudo vis-à-vis outros trabalhos empíricos, como os de Levine (1997): a possibilidade de analisar os dados internacionais de forma a avaliar as especificidades dos países em diferentes níveis de desenvolvimento. Este estudo está também articulado com uma agenda de pesquisas mais ampla, que até este momento esteve centrada na investigação das relações entre ciência, tecnologia e riqueza das nações
(Ribeiro et al, 2006a, 2006b). Nesse sentido, este artigo ao investigar o papel da dimensão monetáriofinanceira nessas relações, contribui para a compreensão de fundamentos teóricos e empíricos para a construção de um modelo evolucionário dinâmico incluindo variáveis monetário-financeiras, meta dessa
agenda de pesquisa. A primeira seção deste artigo busca organizar argumentos e evidências disponíveis na história do pensamento econômico (HPE) e na obra de historiadores da economia que articulam a dimensão monetário-financeira com a industrial-inovativa, uma resenha que organiza o raciocínio teórico e contribui para a seleção das variáveis para análise. A segunda seção apresenta os dados e as variáveis relevantes, introduz a análise empírica da relação entre o sistema de crédito, o desenvolvimento científico-tecnológico e o nível de renda (com os dados de cada país no ano de 2003) e descreve as
estatísticas básicas. A terceira seção contém os dois exercícios empíricos, primeiro procura-se identificar a relação entre as variáveis realizando. Ainda na terceira seção, criam-se dois índices sintéticos para
representarem a dimensão financeira e a científico-tecnológica, mostra-se a formação de grupos entre essas duas dimensões.

Nível de evidenciação × custo da dívida

Este trabalho tem como objetivo investigar a relação entre o nível de disclosure voluntário e o custo de capital
de terceiros. Espera-se que o aumento do disclosure pelas empresas resulte na diminuição da assimetria
de informação, diminuindo o risco oferecido aos fi nanciadores da empresa, resulte, também, no aumento
da visibilidade e negociabilidade de seus papéis, bem como na quantidade de informação divulgada aos
seus stakeholders de uma forma geral. Antes de analisar a regressão com dados em painel, foi utilizada a
técnica multivariada de Análise de Correspondência (ANACOR) para se fazer uma análise exploratória
das variáveis estudadas. Foram pesquisadas 23 companhias abertas no decorrer de 2000 a 2004, para o
nível de disclosure (ND), e de 2001 a 2005, para o custo de capital de terceiros (Kd) e as variáveis de controle,
obedecendo à seguinte equação: (Kdt) = ƒ(NDt–1, variáveis de controlet–1). Os resultados empíricos
demonstraram que, a partir da utilização do efeito pooling, pelo método dos mínimos quadrados generalizados,
cujo R2 foi de aproximadamente 28,49%, o nível de disclosure voluntário possui relação inversa
com o custo de capital de terceiros, ou seja, quanto maior o nível de diclosure, menor o custo de capital de
terceiros, dessa forma, não se rejeitou a hipótese estudada.

Vazamento de petróleo da BP pode elevar custos--Eike

O vazamento de petróleo em um poço da British Petroleum no Golfo do México poderá aumentar os custos de extração na região pré-sal do Brasil, afirmou nesta segunda-feira o bilionário Eike Batista, presidente do grupo EBX, holding que congrega empresas como a OGX, do setor de petróleo.

Ampliar Esta ImagemSergio Moraes / REUTERS
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"Aumentaria o custo com certeza, mas numa dimensão que não inviabilizaria o retorno ao investimento", declarou ele ao ser questionado sobre o assunto em um evento em São Paulo.

Especialistas no país alertaram, após o vazamento no golfo, que o Brasil deveria tomar medidas preventivas para evitar acidentes como aquele na área de exploração da BP, já que os equipamentos utilizados pela indústria atualmente poderiam não ser adequados às profundidades maiores do pré-sal.

BANDA LARGA

Eike confirmou ainda que pretende entrar em serviços de Internet de banda larga.

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AVALIAR: "Com um investimento de 10 milhões de reais você cria uma empresa que pode fornecer banda larga a 40 reais", afirmou.

Ele acrescentou que o modelo do negócio ainda está em estudo e que poderia ser por meio de um parceria público-privada.

As Despesas com Pessoal na Lei de Responsabilidade Fiscal

A Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, popularmente conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), trouxe uma série de inovações no controle e gerenciamento do setor público brasileiro, muitas delas no que tange às limitações no uso do orçamento da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

A finalidade da LRF é disciplinar a gestão dos recursos públicos, atribuindo maior responsabilidade aos gestores. A palavra fiscal é um termo que congrega todas as ações que se relacionam com a arrecadação e a aplicação dos recursos públicos. Neste sentido, propósito da Lei é a ação planejada e transparente, tendo o objetivo de prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Os meios utilizados para se atingir este objetivo são o cumprimento de metas de receitas e despesas e obediência a limites e condições para a dívida pública e gastos com pessoal.

As despesas com pessoal são as que mais despertam a atenção da população e dos gestores públicos, em razão de serem as mais representativas em quase todos os entes públicos, entre os gastos realizados. A preocupação gerada diante do excesso de despesas com pessoal já incentivou outras leis, como a Lei Camata (em suas duas versões, já revogadas), e agora é objeto de maior detalhamento através da LRF.

Do lado oposto aos legisladores, há grande quantidade de gestores públicos, entre outros interessados no governo, enfrentando o desafio de controlar seus gastos com pessoal em meio a problemas administrativos e financeiros diversos. Este fato tem gerado protestos e visitas de prefeitos e governadores a Brasília em busca de "abrandamentos na LRF".

Nesse contexto, cabe observar as leis limitadoras de despesas com pessoal frente a liberdade gerencial do gestor público, procurando discutir aspectos positivos e negativos da imposição legal nas espécies de gastos públicos realizados.

Uma novidade da LRF, em relação às leis anteriores de limites para despesas com pessoal, é que os poderes e as três esferas de governo estão envolvidos nos limites.

O esclarecimento dos envolvidos na administração pública quanto as imposições legais é imprescindível, sob risco de sofrerem penalidades diversas. Nos municípios, estão envolvidos o Prefeito, os Vereadores, os Secretários Municipais, entre outros profissionais do controle e gestão públicos.

Quanto às penalidades, expressamente normatizadas na Lei n.º 10.028/00, cabe lembrar que o art. 23 (par. 2º, I a III) da Lei Complementar n.º 101/00 estabelece que se ultrapassado o limite de gastos com pessoal e não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:

a) receber transferências voluntárias;

b) obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

c) contratar operações de crédito, ressalvadas a destinada ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.

Se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite, ficam vedados, entre outras proibições, a concessão de vantagem, aumento, reajustes, criação de cargo, emprego ou função, provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título e a alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa (veja art. 22).

Como se percebe, os diversos envolvidos na gestão pública devem estar atentos à legislação, tanto na sua importância gerencial quanto no que se refere a sua pessoa pública, a respeito das punições. De forma paralela, apenas a partir desse esclarecimento é que se consubstanciam debates e sugestões para os legisladores, visando um controle e gestão mais adequados às características particulares dos municípios brasileiros. Assim sendo, ganham os administradores públicos e ganha a população, com governos financeiramente equilibrados, aptos a prestarem seus serviços.

No sentido de propiciar esclarecimentos e acesso a modelos de controle e gestão, o Núcleo dos Indicadores Contábeis Brasileiros (NICB) do Departamento de Ciências Contábeis da UFSC, desenvolve diversos estudos. Entre outros, é oferecida uma metodologia de sistemas de custos para pequenos municípios, também adaptável a outros órgãos públicos. Tal metodologia vem a suprir as exigências do controle de custos feita pela LRF, em seus artigos 4º e 50), além de propiciar informações úteis para melhorias de qualidade e de produtividade.



Publicado na Gazeta Mercantil - 31 de Outubro de 2001 / 07 de Novembro de 2001.

Autores: FLÁVIO DA CRUZ e ORION AUGUSTO PLATT.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Entenda o projeto que prevê injeção de dinheiro do governo na Petrobras

Foi aprovado no Senado e aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto de lei que prevê que o governo injete dinheiro na Petrobras a fim de reforçar o caixa da estatal e preparar a empresa para explorar o petróleo localizado nas reservas do pré-sal, em águas ultraprofundas. O projeto é um dos quatro que compõem o marco regulatório do petróleo idealizado por uma equipe de ministros do governo Lula.

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Se for aprovado pelo presidente Lula, a Petrobras terá, sem precisar disputar uma licitação, o direito de explorar volume de até 5 bilhões de barris que estejam em áreas do pré-sal que ainda não foram concedidas e nem delimitadas. Lula pode vetar o texto do projeto, aprovar totalmente ou parcialmente.


Ligia Guimarães
Do G1, em São Paulo

Receita paga restituição do IR 2010 para 1,47 milhão de pessoas

A Receita Federal deposita nesta terça-feira (15) as restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2010, ano-base 2009, para 1,47 milhão de contribuintes incluídos no primeiro lote. Juntos, eles receberão R$ 1,72 bilhão em restituições. Os valores serão corrigidos em 1,75%, correspondente à variação da taxa básica de juros (Selic).

A maior parte das restituições do primeiro lote do IR de 2010 será paga a idosos com mais de 60 anos. Segundo a Receita, 1,22 milhão contribuintes idosos foram priorizados conforme a Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), totalizando R$ 1,36 bilhão em restituições.

Para saber se está incluído no primeiro lote, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone, no 146.

Se o contribuinte estiver no primeiro lote e não receber a restituição, é possível procurar uma agência do Banco do Brasil para verificar o que ocorreu, garantindo assim o pagamento

NÃO SEJA PASSIVO

Se sua filosofia é daquela que “sempre foi assim..., mandaram fazer assim...”etc,mude.Passe a questionar que “será que não posso fazer de outra forma?...Porque tem que ser desse jeito?”,etc.Por mais eu uma pessoa seja experiente ou conheça de um assunto, não quer dizer que ela seja infalível.Além disso,determinados procedimentos adotados hoje com sucesso, não garantem o sucesso de amanhã.
Portanto,não fique parado, pense, questione, participe e dê sugestões. Nada na vida é eterno e verdadeiro para sempre.

O PROCESSO PRODUTIVO

Procure conhecer todo o processo produtivo de sua empresa. Conhecer não significa visitar a mina ou a metalurgia. Significa entender a importância do serviço prestado pela geologia, saber todos os passos do processo dentro da mina, a termologia utilizada, as dificuldades nas apropriações, a questão de desenvolvimento e serviço de apoio. Na metalurgia, além de conhecer o fluxo do minério, saber o que cada produto químico importante faz para se obter o ouro, como funciona a fundição, o laboratório, o tratamento de eflentes e o que o rejeito e como é o controle de seu nível. E a manutenção?Temos que conhecer todos os seus problemas. Não podemos esquecer que é uma área sempre usada como “bode expiatório” para as áreas de produção explicar os problemas de custos e operacionais. Será sempre verdade?
E o custo administrativo? Você já deve ter ouvido alguém da área de produção dizer: “É... esta despesa administrativa é muito alta. Este pessoal ganha muito bem...Nós reduzimos custos e ele aumentam”e outras insinuações deste tipo.Você sabe dizer se é verdade ou mentira?Você sabe o que compõe este grupo de despesa?E aquele valor que “a contabilidade”passa,você já passou saber o que é?
Portanto, conhecer o processo produtivo é muito mais do que visitar a mina e a metalurgia.Se pudermos conversar com o homem de produção e responde-lhe todas estas questões,estaremos realmente prestando um bom serviço aos nossos clientes.

LEMBRETES IMPORTANTES

Para finalizar este módulo básico de contabilidade de custos, gostaríamos de reforçar alguns pontos fundamentais para que você possa se desenvolver e contribuir para a melhoria da qualidade do seu trabalho, de forma a se sentir satisfeito e, como conseqüência, fazer com que seu “cliente” também fique satisfeito com o produto que você lhe oferece.

ANÁLISE DE CUSTOS

A implantação do sistema de custos teremos mais tempo para efetuar análises nos custos. Para tanto, deveremos incluir no sistema alguns relatórios chaves abrangendo as classes de custos como mão de obra, materiais e serviço externos.
Aberturas de custos serão mais ágeis e permitirão detectar problemas de apropriação e utilização inadequada dos sistemas fontes.

O PROCESSAMENTO

Atualmente todas as empresas utilizam o critério de “seqüência de rateios”, com suas conseqüentes distorções. Apesar destas não serem significativas, uma vez que se leva em consideração a materialidade dos custos para definição da seqüência, o sistema de custos adota o critério da chamada “gaiola de esquilo” onde não se tem uma seqüência pré-estabelecida para os rateios.
A gaiola funciona baseada em passos e, para que não seja infinita, devemos definir quando ela deve parar. Normalmente define-se o número de casas decimais onde ela se encerra.
Assim, estaremos aprimorando os critérios de apropriação dos custos de produção de cada mina. Outra fase do sistema de custos é o processamento da interface com a contabilidade. Todos os lançamentos contábeis serão feitos através dessa interface.
Além disso, o kardex se ácido no caso da MMV será controlada no sistema de custos,gerando, via interface, o lançamento dos custos do produto vendido, completando todo o ciclo de contabilidade de custos.

OS CUSTOS NA GOLD DIVISION

Com os principais conceitos da contabilidade de custos assimilados, podemos agora discutir a nossa realidade, ou seja, aprofundar em nossos próprios critérios e nos nossos objetivos.
Atualmente, os custos na Gold Division são apurados pelo critério de custeio por absorção, que é o aceito pelo fisco. Isto não quer dizer que no futuro não possamos mudar o critério de apuração dos custos gerenciais, mas não trataremos este assunto nesse módulo, já que nosso objetivo aqui é firmamos os nossos conceitos de acordo com nossa realidade atual.
Estamos em fase final de elaboração do sistema de custos contábil e que abrange, também o custo gerencial, que norteará este capítulo do nosso curso. A seguir vamos detalhar todo o sistema.

CONTAS ESPECIAIS

É comum se ter necessidade de apuração de custos de determinados serviços ou ocorrência que não representa uma atividade física na empresa. Neste caso os gastos serão controlados através de contas especiais.
Por exemplo, a execução de uma obra civil requer a abertura de uma conta especial para apuração dos gastos e, posteriormente, ter a destinação contábil adequada (no caso de imobilizado).
Como podemos observar, outra característica importante de uma conta é que sempre será temporária.
Entretanto, aberturas destas contas devem ser criteriosas para não tornarem verdadeiras válvulas de escape para redução de custos de produção. Os critérios mínimos a serem observados são:
Ter prazo previsto para encerramento;
Ter valor previsto para o gasto;
Definição clara do objetivo de sua abertura;

CENTRO DE CUSTOS - CONCEITOS

Área física ou funcional da empresa para as quais seja necessário apurar separadamente os custos.

É fundamental que, para cada centro de custo estabelecido, sejam definidos claramente, os seguintes itens:
*Natureza do centro de custo (área física/funcional);
*Responsável (exclusivamente uma única pessoa);
*Finalidade ou objetivo do centro de custo;
*Limites de responsabilidade em relação aos demais centros de custos;
*Além dos itens acima é muito importante que, ao abrir um novo centro de custo,
sejam observado os seguintes quesitos:
Os valores envolvidos não sejam irrelevantes (custos x beneficio)
Seja possível alocar claramente o pessoal, os materiais e serviços consumidos possam ser apropriados sem rateios e se possam alocar adequadamente os bens patrimoniais.

CUSTO CONTÁBIL X CUSTO GERENCIAL

É comum no nosso dia a dia nos depararmos com situações do tipo: “Em cruzeiro é custo e em dólar é diferido”. Isto quer dizer que no custo contábil (ou fiscal) vamos contabilizar como custo (ou despesa) e no custo gerencial como diferido (ou custo antecipado).
Normalmente quando isso ocorre à boa técnica contábil manda ativar o gasto, pois o fato de não lançar no custo gerencial nunca deve ser em função de “mascarar” o custo. Já no custo fiscal envolve o planejamento tributário e as características da mineração permitem decisões de sério risco como o de se lançar em custo um gasto que tecnicamente seria ativado.
Por exemplo, o gasto com desenvolvimento sempre foi aceito pelo fisco como custo de produção.Com isso quase que se faz dentro de uma mina podemos contabilizar como custo, mesmo que saibamos que o gasto não está gerando produção e que beneficiará a produção futura ou mesmo pelo resto da vida útil da mina.
Esta prática deve ser realizada com bastante critério e em comum acordo com a área de produção, para que eventuais auditorias externas ou mesmo ação do fisco, nossos engenheiros possam dar versões técnicas que não existem dúvidas de que os gastos são realmente custos.

Alguns exemplos deste tipo de situação são:
*Construção de rampas de acesso às frentes de trabalho;
*Construção de poços dentro das minas;
*Desenvolvimento de galerias de tráfego nas minas;
*Perfuração dos corpos de minério sem que haja o seu desmonte, ou seja, formação de estoque de minério perfurado dentro da mina.
*Outros tipos de gastos que possam surgir.
Atenção deve ser dada a esta prática, pois os contadores devem estar cientes e bem informados sobre o que está ocorrendo. Mais uma vez é fundamental que o profissional de custos conheça muito bem o processo produtivo e, ainda,visite periodicamente as áreas de produção a fim de se saber o que está ocorrendo .Não podemos esquecer que os engenheiros não possuem a mesma formação acadêmica de nossos profissionais e que sua maior preocupação é em produzir.

SISTEMAS DE CUSTOS

Além da necessidade primordial de se conhecer bem os conceitos da contabilidade de custos, é necessário que exista um bom sistema para apuração dos custos de uma empresa.

O esquema básico para um sistema de custos é o seguinte:
Como podemos observar a principal fase do processo é a “entrada de dados”, que depende exclusivamente de pessoas. As outras duas fases podem ser desenvolvidas em excelentes sistemas mecanizados, mas se os dados iniciais não forem corretos todas as informações geradas não serão utilidades.
A maioria das informações de entrada é gerada pelos setores produtivos da empresa, onde normalmente as pessoas são avessas a papeis e burocracia criadas para alimentação do sistema. Além disso, temos que levar em consideração a formação cultural e escolar dos profissionais de produção, onde os operários normalmente são de nível cultural inferior e os engenheiros não foram preparados adequadamente para a utilização das informações geradas, da mesma forma que nossos contadores e administradores não estão preparados para, por exemplo, ”tocar” uma mina. Além disso, normalmente o pessoal técnico encara o sistema de custos como uma forma de controle.
Estes fatores é que levam, em diversos casos à rejeição, boicote ou simplesmente à resistência passiva, pelo pessoal técnico, à implantação do sistema.
Por isso, no desenvolvimento de um sistema de custos é fundamental que o mesmo seja simples e com um bom envolvimento e treinamento das pessoas das áreas produtivas. A partir de um sistema simples bem assimilado pelos usuários, é que se deve melhorá-lo e sofistica-lo.
Nunca devemos perder de vista as informações que são geradas, pois não adianta gerarmos uma infinidade de dados que não serão utilizadas. É outra armadilha de um sistema de custos. Às informações devem ser as necessárias e de acordo com as necessidades de nossos clientes.

SISTEMAS DE CUSTOS – “IMPORTAÇÃO”.
É normal uma empresa “importar” um sistema de custos que já funciona em outra (principalmente de matrizes e/ou filiais). É uma alternativa mais econômica mas que tem que ser adotada com cuidado, tomando-se alguns cuidados:
Não esquecer que quem alimenta as informações nos sistemas é o pessoal operacional e que o nível destes varia de empresa para empresa e de uma região para outra.
Mesmo que possuam a mesma tecnologia ou produto, cada uma tem suas particularidades, gerando mais ou menos detalhamento dos custos.
O nível de informações que alta administração precisa necessita nem sempre é a mesma nas empresas.
Como o passo da participação dos empregados no desenvolvimento dos sistemas é suprimido, deve-se dar uma atenção espacial no treinamento dos mesmos.


CUSTOS E BENEFÍCIO


Este é um ponto muito importante, tanto no desenvolvimento como na manutenção de um sistema de custos. Não podemos esquecer que qualquer informação é sempre útil para a administração, mas muitas não são analisadas ou transmitidas porque sua prioridade é pequena e o tempo gasto na sua obtenção foi grande. Torna-se dispensável.
É importante lembrar que “que toda informação provoca um gasto” e pode trazer um beneficio. A relação entre esse dois componentes é muito importante na avaliação de um sistema de custos.

ESCLARECIMENTOS DOS CUSTOS

O QUE É CUSTO DIRETO?
É aquele que pode ser apropriado diretamente ao produto, sem necessidade de se efetuar rateios.
É o caso dos materiais consumidos diretamente nos produtos (ex: explosivos), o valor da mão de obra dos operários que trabalham com o produto (ex: mineiros) e os serviços contratados diretamente para a produção (ex: energia elétrica).
Estes gastos têm apropriações diretas e medidas bem definidas.

O QUE É CUSTO INDIRETO?
Este caso tem como se apropriar de forma objetiva (diretamente), sendo necessário a utilização de critérios de rateios que, em muitos casos, são subjetivos.
Como exemplo tem os gastos com as áreas de apoio (manutenção, suprimentos, etc.), administração da produção, aluguel, etc.

O QUE É CUSTO FIXO?
São os custos que ocorrem independentemente do volume que se produz, ou seja, mesmo que a produção pare o gasto vai ocorrer. Como exemplo tem alugueis os salários da supervisão, as despesas administrativas, etc.

O QUE É CUSTO VARIÁVEL?
São os custos que ocorrem em função do volume produzido, ou seja, os valores variam de acordo com acréscimo/decréscimo da produção.
Como exemplo, temos os materiais usados diretamente na produção, a energia elétrica, a mão de obra dos operários, etc.
A correta classificação entre fixo e variável é muito importante para uma boa análise de custos e tomada de decisões. Entretanto, nem sempre é fácil, podendo um custo que teoricamente é variável ser fixo como é o exemplo da mão de obra direta, uma vez que a variação da produção nem sempre significa redução ou aumento do custo com os operários.
Temos, também, os custos que são fixos até um determinado volume de produção e a partir deste volume passam a ser variáveis (ou vice-versa). Mas não vamos tratar desse assunto nesse módulo.

IMPORTANTE

SE VOCÊ NÃO CONHECE O PROCESSO PRODUTIVO DE SUA EMPRESA,FAÇA-O DE IMEDIATO,CASO CONTRÁRIO NÃO TERÁ SUCESSO NO APRIMORAMENTO DO SEU SISTEMA DE CUSTOS.

CONSIDERAÇOES

1) A DIFICIL SEPARAÇÃO, NA PRÁTICA, DE CUSTOS E DESPESAS.
Teoricamente, a separação é fácil: os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas.
Entretanto, temos situações onde a apropriação correta se torna difícil, sendo na maioria dos casos usados critérios de rateios nem sempre perfeitos. Como exemplos têm os gastos do setor pessoal, do setor de compras, etc.
Para minimizar os efeitos dessa dificuldade, devemos sempre levar em consideração a materialidade dos valores envolvidos, a constância com que os gastos são incorridos, etc.
Em suma, só devem ser rateados e ter uma parte apropriada a custos e outra despesas do período os valores relevantes que visivelmente contêm ambos os elementos e podem, por critério de rateios não excessivamente arbitrário, ser dividido nos dois grupos.

2) ONDE TERMINA OS CUSTOS DE PRODUÇÃO.
É fácil visualizar onde começam os custos de produção, mas em alguns casos podemos ter dúvidas onde terminam. Esta dúvida surge no momento de se segregar gastos que podem ser custos ou despesas de vendas. Por exemplo, as embalagens de um produto podem ser custo ou despesa dependendo de como o produto é estocado, ou seja:
*CUSTOS quando o produto é estocado já embalado;
*DESPESA quando a embalagem é utilizada apenas no momento da venda, pois o produto é estocado a granel (sem embalagem).
No caso das empresas que possuem produtos valiosos (ouro, por exemplo) é comum a estocagem em locais mais seguros (custodia em banco) com gastos tanto de transporte como de aluguel. Neste caso que ainda não ocorreu à venda, estes gastos são custos ou despesas? Serão consideradas despesas uma vez que os gastos são para manter o produto já acabado em lugar seguro.

3) GASTOS COM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS.
Temos duas formas de contabilização: despesa ou diferido. No Brasil é permitida a contabilização como despesas em função de que não se tem certeza de que os gastos com pesquisas sejam passiveis se amortização. Isto porque caso o estudo não tenha sucesso o gasto, caso seja ativado, deverá ser baixado contra resultado.
Entretanto, os gastos com a preparação de um novo produto já definido o seu lançamento (ou uma nova mina) será ativado (diferido).
É o caso dos gastos Pré-Operacionais na abertura de uma nova mina.

4) O PROCESSO PRODUTIVO
Outro ponto importante a ser salientado é que o profissional de custos deve conhecer profundamente o processo produtivo da empresa onde trabalha.
Este conhecimento é fundamental para se definir adequadamente o sistema apropriação de custos.
Nas empresas de mineração este fato é muito importante uma vez que dentro da mina existem diversas atividades que nem sempre será apropriado aos custos de produção, como é o caso de determinado desenvolvimento, perfuração e/ou desmontagem de rocha que não são tratadas no mesmo período. Neste caso podem ser diferidos ou estocados.

PRINCIPIOS CONTABEIS APLICADOS A CUSTOS

1)REALIZAÇÃO
Reconhecimento contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da realização da receita.
Os valores apropriados a custos são agregados ao estoque.
Somente na venda dos estoques os custos serão considerados despesas (custo dos produtos vendidos).

2)COMPETÊNCIA
Extremamente importante. Diz respeito ao momento do reconhecimento (registro) do gasto.
Este reconhecimento se da quando o gasto é incorrido, independentemente do seu desembolso.

3)CUSTO HISTÓRICO COMO BASE DE VALOR
No Brasil, apesar do processo inflacionário, a legislação societária e fiscal obriga a avaliação dos estoques pelo seu custo de aquisição ou fabricação (Histórico).
Gera reflexos nos custos de produção, uma vez que os valores das matérias – primas e materiais auxiliares (estoques do almoxarifado) ficam com seus valores defasados até que sejam consumidos.
Por outro lado, os produtos estocados também geram distorções uma vez que os gastos para sua produção (ou Aquisição) são levados a despesas apenas quando vendidos, ou seja, a receita é pelo valor atualizado e o custo das vendas é histórico.
Em 1987 foi introduzida no Brasil, para as companhias Abertas, a correção integral, com o intuito de se eliminar (ou minimizar) os efeitos inflacionários nas demonstrações financeiras.
Em função da inflação todas as empresas no Brasil são obrigadas a manterem uma contabilidade paralela, em moeda forte, para se gerar informações gerenciais mais adequadas para a tomada de decisões.

4)CONSISTÊNCIA
Também e muito importante, uma vez que mudanças constantes nos critérios e métodos de custeio podem gerar distorções tanto na comparabilidade dos custos durante um determinado período como reflexo nos resultados da Empresa.

5)CONSERVADORISMO
Devemos usar este principio sempre que tivemos dúvidas na classificação de determinado gastos. Normalmente surgem situações que não temos certeza se devemos ativar (custos) ou lançar como despesa um gasto. O conservadorismo manda lançarmos como despesa sempre que isso ocorrer.

6)MATERIALIDADE
Outra regra importante. Devemos dar tratamento menos rigoroso a valores monetários de pequena monta dentro dos gastos totais.
A relação CUSTO X BENEFICIO deve ser levada em consideração ao decidirmos dar atenção especial a determinados itens de custos.
Entretanto, devemos estar atentos, pois a soma de pequenos valores podem se transformar em um valor significativo (material) gerando necessidade de atenção especial.

CONCEITOS BÁSICOS

Um dos grandes problemas que enfrentamos na contabilidade de custos é quanto aos diversos termos utilizados. Custos, Gastos, Despesas e Investimentos são alguns dos termos que utilizamos e constantemente nos geram dúvidas quando temos que classificar determinados documentos. Para podermos conversar na mesma linguagem em nossas empresas procura definir os principais conceitos da contabilidade de Custos:

1)GASTOS
É todo sacrifício financeiro para se obter um produto ou serviço qualquer,é um conceito bem amplo e se aplica a qualquer aquisição de bens ou serviço em uma empresa tais como:gastos com a compra de matéria – primas, gastos com pagamentos dos salários,gastos com a aquisição de equipamentos, gastos com a contratação de serviço de terceiros e etc.

2)INVESTIMENTOS
Gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefício atribuíveis a futuro período, ou seja, são os gastos “estocados” nos ativos das empresas, para baixa ou amortização quando de sua venda, consumo, desaparecimento ou de sua desvalorização.
O explosivo é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; uma máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente.

3)CUSTOS
É o gasto com aquisição de bens ou serviços a serem aplicados na produção de outros bens ou serviços.
Por exemplo, os gastos com matérias – primas, mão de obra de operários da produção, energia elétrica ou outro tipo de bem ou serviço serão classificado como custo de produção sempre que utilizados para a fabricação de outro bem ou serviço.
Outro ponto a salientar é que o explosivo que é ativado quando comprado, será apropriado a custos quando requisitado e consumido na produção das minas.
Da mesma forma, a máquina que foi ativada como investimento permanente, terá a sua depreciação apropriada a custos (caso seja instalada na produção) gradativamente de acordo com o tempo estimado de sua vida útil.

4)DESPESAS
Bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas. Os gastos com transporte e custodia de ouro, por exemplo, se tornam despesas de imediato.
AS despesas são itens que reduzem o patrimônio liquido e tem essas características de representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.
Como exemplos têm os gastos com materiais e salários das áreas administrativas, as comissões dos vendedores, etc. Todos se transformam em despesa quando realizados.
Já os gastos que foram apropriados a custos, somente serão levadas as despesas quando da venda dos produtos (CPV).