quarta-feira, 16 de junho de 2010

Contabilidade Gerencial e Gestão Financeira

A intenção deste trabalho é apresentar a Contabilidade como um instrumento gerencial que está em contínua evolução, cada vez mais, considerada como ciência auxiliar de projeções para o processo decisório da Administração, que depende de tecnologia para o desenvolvimento de seus projetos.

A Contabilidade, como ciência, apresentou muitas mudanças nas últimas décadas, mais do que nunca, deixou de ser apenas um instrumento de escrituração fiscal e histórica para contentar as exigências do estado e passou a ser considerada como uma ferramenta que atua diretamente na tomada de decisão.

Segundo Franco (1983, p.20) “A Contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel que a história, na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer nem o passado, nem o presente da vida econômica da entidade, não sendo também possível fazer previsões para o futuro, nem elaborar planos para a orientação administrativa.”.

Desta maneira, verifica-se que o estudo da Contabilidade é imprescindível aos profissionais de administração, pois estratégia e planejamento envolvem toda a organização, em seus diversos níveis . Acompanhamento e controle, devem estar lastreados em informações distintas e direcionadas para cada área de uma empresa, envolvendo ou não necessidades comuns para que a tomada de decisão ocorra naturalmente, como por exemplo: uma promoção de vendas e investimentos em propaganda são efetuados após a consulta efetiva a resultados anteriores e projeções realizados através da contabilidade.
Com a evolução da competitividade dos mercados, cada vez mais, as empresas buscam novas tecnologias que permitam à Administração vislumbrar perspectivas futuras para as organizações, por isto a Contabilidade também tem se desenvolvido muito nos últimos anos e, conceitos de gestão, qualidade, planejamento estratégico utilizados internamente somente pela Administração estão cada vez mais incorporados na prestação de serviços contábeis.
Os profissionais desta ciência, a cada dia que passa, contribuem mais efetivamente nas tomadas de decisões estratégicas das empresas através da “Auditoria de Gestão”. A auditoria interna que conhece os fatos passados e é capaz de projetar o que poderá acontecer com a escolha de determinada decisão, por isso pode avaliar quais informações podem ajudar os gestores na otimização de resultados, na análise de desempenho e, principalmente na tomada de decisões. Por auditoria de gestão entende-se “revisão, avaliações, emissão de opinião de processos e resultados exercidos em linhas de negócios, produtos e serviços no horizonte temporal presente/futuro.” (GIL, 1999).
Segundo Iudícibus (1993, p.15) “A Contabilidade Gerencial também se vale em suas aplicações de outros campos de conhecimento não circunscritos à Contabilidade.”. Reconhecendo assim que, o desenvolvimento das áreas tecnológicas como a informática, a logística, os recursos-humanos entre outras, aliados aos conhecimentos sociais, forneceram meios para que a Contabilidade utilize-se de técnicas, informações e relatórios feitos sob medida para favorecer as necessidades gerenciais dos administradores.
A Contabilidade não deve ser vista apenas como necessária para o cumprimento de obrigações fiscais e determinações legais. Ela deve ser notada como poderoso instrumento administrativo, capaz controlar efetivamente todo o patrimônio da empresa e de fazer a diferença no mercado, hoje tão competitivo. Sob o aspecto legal, além de obrigação, mantê-la em ordem significa tranqüilidade. Enfocando o aspecto fiscal e tributário, ela exerce efetivamente controle sobre os impostos, taxas e contribuições, proporcionando dados e informações seguras para o correto planejamento tributário e o aproveitamento de eventuais benefícios ou incentivos. Além de que, na área econômico-financeira traduz-se em importante instrumento de controle e de acompanhamento dos rumos da empresa, permitindo à administração a detecção e correção de procedimentos, que muitas vezes, poderiam levar a perdas irreparáveis.
Segundo a Convenção Contábil da Materialidade: “O contador deverá, sempre, avaliar a influência e materialidade da informação evidenciada ou negada para o usuário à luz da relação custo-benefício, levando em conta aspectos internos do sistema contábil...” (FIPECAFI, 1994). Além disto, as informações decorrentes da Contabilidade, não se restringem apenas aos limites das empresas, mas também a outros segmentos de usuários, como por exemplo: investidores, fornecedores, bancos, o governo, sindicatos, funcionários, entre outros interessados, pois são notadas e avaliadas também para posicionamento e decisões destes, na rotina de seu dia a dia.
Atualmente, os avanços tecnológicos na área contábil vêm sendo marcados pelo ritmo acelerado das inovações aplicadas no mercado. Esses fatos, aliados à disseminação da tecnologia da informação nas atividades empresariais, têm destacado a necessidade de reflexão sobre as mudanças provocadas por estes avanços. Nota-se então a necessidade da gestão de toda a tecnologia disponível, para que se avaliem as contribuições recebidas através destas mudanças para a geração de informações aos usuários da Contabilidade.A competitividade aumentou em todas as atividades de mercado devido às novas tecnologias empregadas para a transmissão de informações. Este fato reduziu as distâncias e disponibilizou com maior rapidez, produtos, serviços e idéias às entidades.
Para as empresas e seus profissionais, estes fatos são assustadores e desafiadores, devido ao fato de que podem comprometer a continuidade de suas atividades por meio do confronto dessas mudanças que promovem a busca de alternativas para crescer e sobreviver.
A melhor alternativa, é sem dúvida alguma o investimento em tecnologia, pois nela se encontram a maior parte das vantagens competitivas a serem utilizadas como diferenciais de mercado. Segundo Porter ( 1992, p.153) “De todas as coisa que podem modificar as regras das concorrências, a transformação tecnológica figura entre as mais proeminentes”.
De modo geral, concorda-se que a finalidade das atividades contábeis é gerar informação relevante aos seus diversos usuários. Por isto a Contabilidade, bem como as demais atividades profissionais, a necessidade de uma atitude inovadora é fundamental para manter a competitividade.
Segundo Porter (1999, p.89) “Os novos recursos tecnológicos também possibilitam a análise e utilização mais abrangente dos dados ampliados”. O que ocorre realmente, é que a oferta de recursos tecnológicos para a geração de informações, para todas as áreas de uma empresa, é muito ampla. O ferramental disponibilizado pela tecnologia da informação gera mais e mais dados à medida que as empresas desempenham suas atividades e possibilitam a captação de informações novas que surgem a cada momento e que ainda não existiam e contribuem para a melhora das tomadas de decisões A função e o desafio profissionais da Contabilidade, deixaram de ser nos últimos anos apenas narrativos e se transformaram na necessidade de atender aos seus diversos segmentos de usuários, com suas diversidades e necessidades de informações, para o eficaz gerenciamento das suas atividades.

Os contadores têm um importante papel no processo de solução de problemas, não como responsáveis por decisões, mas como responsáveis pelo levantamento e pela informação de dados que interessam. Seus relatórios têm que apresentar dados válidos, números que meçam as quantidades pertinentes para a decisão a ser tomada. Muitos administradores querem que o contador faça recomendações sobre a decisão apropriada, apesar de a escolha final sempre ser do executivo de linha. (VASCONCELOS, 2001).
O Contador vem assumindo uma função que oferece à sociedade vários benefícios, incluindo menores riscos ao investir, e melhor destinação do recurso e, a indiscutível capacidade de aprender a lidar com mudanças e com as idéias de melhorias. No seu dia-a-dia, o profissional contábil se deparara com inúmeras demandas oriundas de diversas fontes: governo, no tocante à legislação tributária, instituições financeiras, quando a empresa necessitar recorrer à fonte externa de financiamento ou empréstimo; aos sócios, acionistas e proprietários de quotas societárias, além dos administradores, diretores e executivos incumbidos de tocar a administração das empresas.
O Contador gerencial, realmente assume e entende as noções de risco, incerteza, custo de oportunidade, e com isto, entra no pricing de produtos e serviços munido de um ferramental mais poderoso de análise econômico-financeira, por isto é que hoje em dia já pode ser considerado como o “braço direito” dos administradores no processo de tomada de decisão.
A busca por melhorias e inovações tecnológicas deve ser sempre efetuada pela Contabilidade, bem como em áreas afins que possam ser usadas pela contábil, pois todas as mudanças ocorridas até o momento, nas áreas tecnológicas, denotam que é necessário o monitoramento de todos os seus avanços, já que o mercado exige cada vez mais, maior velocidade e qualidade na informação de que necessita.
É importante ressaltar que o conhecimento do ciclo de vida das entidades é muito importante para que a tecnologia da informação e suas inovações possam ser aproveitadas para a formação de informações, provindas das diversas áreas de uma organização, para que essas possam ser direcionadas às tomadas de decisões.
As atividades contábeis passaram a exercer o papel de auxiliar da administração , pois sua principal função gerencial, é fornecer informações distintas sobre as mudanças ocorridas no patrimônio, a cada momento, para que a tomada de decisões, em todos os níveis de sua atividade, colaborem para o crescimento das entidades.
Como a Contabilidade é tão importante, é aconselhável que todos os administradores
de todos os tipos de organização compreendam sua utilidade e suas limitações. Os presidentes de empresas, os gerentes de produção, os contadores públicos, os administradores de hospitais, os controllers, os administradores de escolas, os gerentes de vendas e os políticos ficam mais preparados para exercer suas funções quando conseguem entender razoavelmente informações contábeis.
O estudo de contabilidade administrativa pode ser particularmente frutífero, pois ele
nos ajuda a entender o ponto de vista dos que estão sujeitos a medidas contábeis de
desempenho e que muitas vezes dependem muitíssimo de dados contábeis para se orientarem em suas decisões. Não há escapatória para a relação entre contabilidade e administração. Por isso, o estudo de contabilidade administrativa ajudará, independentemente de vir a ser um
gerente ou um contador ou vir a trabalhar no comércio varejista, na indústria, na área de assistência à saúde, na administração pública.
Quanto mais os administradores souberem de contabilidade, melhor poderão planejar e
controlar as atividades de sua organização e suas subunidades. Os administradores ficarão prejudicados em seu relacionamento com partes de dentro e de fora da empresa se seu entendimento de contabilidade for por alto ou confuso. Portanto, o aprendizado de contabilidade é quase sempre um investimento que vale a pena.
Um sistema contábil é um meio formal de se reunir dados para ajudar e coordenar
decisões coletivas à luz das metas ou objetivos gerais de uma organização. O sistema contábil é o maior sistema de informações quantitativas de quase todas as organizações. Um sistema
contábil eficaz dá informações para três finalidades amplas:
Relatórios internos para administradores, para uso no planejamento e controle das
atividades de rotina;
Relatórios internos a administradores, para serem usados no planejamento
estratégico, quer dizer, na tomada de decisões especiais e na formulação de políticas globais e de planos de longo prazo;
Relatórios externos para acionistas, para o governo e para outras partes externas.
Os meios que os sistemas contábeis se servem para cumprir os fins, de acordo com
determinados níveis organizacionais, é por meio de coleta, classificação e relatório de dados.
Em suma, a tarefa dos contadores de fornecer informações tem três facetas:
Registro. É a acumulação de dados. Este aspecto da contabilidade permite que partes
internas e externas avaliem o desempenho e a posição organizacional.
Direção da Atenção. É o relatório e a interpretação de informações que ajudam os
administradores a concentrar-se nos problemas, imperfeições, ineficiências e oportunidades operacionais. Este aspecto da contabilidade ajuda os administradores a lidar com importantes aspectos das operações com a devida rapidez para que possam tomar medidas eficazes com um planejamento sensível ou com uma supervisão diária perspicaz. A direção da atenção está comumente associada ao planejamento e controle do momento e à análise e investigação de relatórios contábeis internos de rotina.
Solução de Problemas. Este aspecto da contabilidade envolve a quantificação concisa
dos méritos relativos de possíveis alternativas de ação, muitas vezes com recomendações para o melhor procedimento. A solução de problemas está comumente relacionada a decisões não repetitivas, a situações que exigem análises contábeis de relatórios.
As tentativas de se fazer às distinções acima, às vezes, superpõem umas as outras ou
se misturam, mas ajudam a entender os objetivas e as tarefas dos contadores e dos
administradores.
Algumas caracterizações da contabilidade gerencial
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e
tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório
A Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informação contábil útil à
Administração Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.
Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial foram
desenvolvidos para diferentes propósitos e para diferentes usuários das informações
financeiras. Há, contudo, numerosas similaridades e áreas de sobreposição entre os métodos da contabilidade financeira e gerencial.
1. Administradores para o planeja
mento estratégico e decisões espe
ciais.
2. Administradores para o planeja
mento e o controle das operações
de rotina.
3. Informações externas para
investidores, agentes fiscais,
órgão reguladores e outros.
Dados para a solução de
problemas.
Dados de Registros
Dados de direção da atenção
Dados para a solução de
problemas
Dados de Registros.
Principais Fins:
Ajudar as decisões:
Principais Meios:
Dados contábeis:
Meios e fins de um sistema contábil
Contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informações
econômicas de uma empresa dirigidas a uma clientela externa: acionistas, credores (bancos,debenturistas e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades governamentais tributárias.
A informação contábil financeira comunica aos agentes externos as conseqüências das
decisões e das melhorias dos processos executadas por administradores e funcionários. O processo contábil-financeiro está restrito aos requisitos obrigatórios de elaboração de relatórios por parte das autoridades regulamentadoras externas , tais como o Financial Accounting Standards Board (FASB) e a Securities and Exchange Comission (SEC) nos Estados Unidos, assim como pelas agências governamentais de impostos. Conseqüentemente, a contabilidade financeira tende a ser direcionada por regras, e os estudantes de contabilidade financeira estudam lançamentos no diário e procedimentos que geram os demonstrativos financeiros obrigatórios.
A Contabilidade Gerencial deve fornecer informações econômicas para a clientela
interna: operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos seniores. As empresas são muito reservadas na elaboração de seus sistemas de contabilidade gerencial. Os administradores devem usar essa discrição para desenhar sistemas que forneçam informações que ajudem os funcionários a tomar boas decisões, não apenas sobre seus recursos organizacionais (financeiros, físicos e humanos), mas, também, sobre seus produtos, serviços, processos, fornecedores e clientes. As informações geradas pela contabilidade gerencial podem auxiliar os funcionários a aprender como fazer o seguinte:
1. Melhorar a qualidade das operações.
2. Reduzir os custos operacionais.
3. Aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes.
Entretanto, os estudantes de contabilidade gerencial atentam para as decisões e
necessidades informacionais dos participantes da empresa.
Dessa descrição sucinta, pode parecer lógico que o processo contábil começaria pela
determinação da informação necessária para propósitos internos e, após elaborar um excelente sistema de contabilidade gerencial, tratar das necessidades da clientela externa considerando o impacto econômico dessas decisões internas. Decerto, no século XIX, os sistemas contábeis das empresas foram desenhados para atender às tomadas de decisões e as necessidades de controle dos administradores.
Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que
faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil.
Medidas da condição econômica da empresa, como as de custo e lucratividade dos
produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades das empresas, são obtidas dos sistemas de contabilidade gerencial. Além disso, a informação gerencial contábil mede o desempenho econômico de unidades operacionais descentralizadas, como as unidades de negócios, as divisões e os departamentos. Essas medidas de desempenho econômico ligam a estratégia da empresa à execução da estratégia individual de cada unidade operacional. A informação gerencial contábil é, também, um dos meios primários pelo qual operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos recebem feedback sobre seus desempenhos, capacitando-os a aprenderem com o passado e melhorarem para o futuro.
Por fim, as empresas obtêm sucesso e prosperam com base na elaboração de produtos
e de serviços que os clientes valorizam, produzindo-os e distribuindo-os aos clientes por meio de processos operacionais eficientes, divulgando e vendendo, efetivamente, os resultados da empresa aos clientes. Embora a informação gerencial contábil não possa garantir o sucesso dessas atividades organizacionais críticas, seu mau funcionamento resultará em severas dificuldades para as empresas. Sistema de contabilidade gerencial efetivos podem criar valores consideráveis, fornecendo informações a tempo e precisas sobre as atividades requeridas para o sucesso das empresas atuais.
Dependendo do nível organizacional, a demanda pela informação gerencial contábil é
diferente. Ao nível de operador (linha de frente), onde a matéria prima ou as peças adquiridas são convertidas em produtos acabados e onde os serviços são executados para os clientes, primariamente, a informação é necessária para controlar e melhorar as operações. A informação é desagregada e freqüente; ela é mais física que financeira e econômica. À medida que se sobe na empresa, os gerentes intermediários supervisionam o trabalho e tomam decisões sobre recursos físicos e financeiros, produtos, serviços e clientes. Esses gerentes podem receber informação gerencial contábil com menor freqüência e maior grau de agregação. Eles a usam para receber sinais de alerta sobre aspectos operacionais que estão diferentes das expectativas. Os gerentes intermediários, também, usam a informação gerencial contábil para ajudá-los na elaboração de melhores planos e nas decisões.Os executivos dos mais altos níveis da empresa recebem informação gerencial contábil que resume as transações e eventos que ocorrem com cada operador, cliente e níveis departamentais; eles usam essa informação para apoiar decisões que têm conseqüências em longo prazo para a empresa. Normalmente, os executivos recebem a informação com menor freqüência, já que a utilizam para decisões estratégicas, em vez de usarem-na para decisões operacionais. Historicamente, os executivos de nível sênior têm usado a informação
financeira, quase que exclusivamente, para avaliar os efeitos de eventos econômicos globais sobre toda a empresa.
Recentemente, entretanto, executivos seniores, monitoram um conjunto maior de
indicadores balanceados que inclui muito mais informações não financeiras, particularmente, sobre os seguintes fatores:
1. Clientes e mercador
2. Inovações em produtos e serviços
3. Qualidade total, tempo de processamento, e custo dos processos internos
críticos
4. Capacidade dos funcionários e dos sistemas da empresa.
Esse cartão de desempenho de negócios, o scorecard, capacita os executivos seniores a não monitorar o desempenho passado, como também a entender os direcionadores do desempenho futuro.
Os contadores gerenciais não podem esperar que um único conjunto padronizado de
relatórios vá atender a todas as necessidades dos funcionários e dos gerentes. Essa
necessidade de adequar a informação gerencial contábil para cada tipo de cliente, ou seja, funcionários e gerentes, em termos de decisão, aprendizagem e controle.
Consideremos a distinção entre autoridade de linha e autoridade de assessoria. Quase
todas as organizações específicas certas atividades como sua missão básica, como, por exemplo, a produção de vendas de bens e serviços. Todas as subunidades da organização diretamente responsáveis pela execução destas atividades básicas chamam-se departamentos de linha. As outras são chamadas de departamentos de assessoria, pois sua principal tarefa é dar suporte ou prestar serviço aos departamentos de linha. Assim, as atividades de assessoria estão indiretamente relacionadas com as atividades básicas da organização.
O controller tem um papel de assessoria, contrastando com os papéis de linhas dos
executivos de vendas e de produção. O departamento de contabilidade tem a incumbência de prestar serviços especializados a outros administradores, inclusive aconselhamento e ajuda em matéria de orçamento, análise de variações, determinação de preços e tomada de decisões especiais. O departamento de contabilidade não tem autoridade direta sobre os departamentos de linha: sua autoridade de prescrever métodos uniformes de contabilização e de relatórios é delegada ao controller pela administração de linha superior. O procedimento contábil
uniforme é autorizado pelo presidente da empresa e implantado em seu nome pelo controller. Quando este prescreve o papel do departamento de linha de fornecer informações contábeis, não está agindo como o controller, isto é, como um membro da assessoria, está agindo em nome da administração de linha superior.

Muito embora, o papel do contador no Brasil ainda esteja em transição, podemos
destacar, sua importante influência nas decisões especiais dentro de uma empresa, uma vez, que a perfeita definição para a função seja de “maior intérprete da linguagem de negócios”, interesse diretamente, os executivos de linha.
Os contadores têm um importante papel no processo de solução de problemas, não
como responsáveis por decisões, mas como responsáveis pelo levantamento e pela informação de dados que interessam. Seus relatórios têm que apresentar dados válidos números que meçam as quantidades pertinentes para a decisão a ser tomada. Muitos administradores querem que o contador faça recomendações sobre a decisão apropriada, apesar de a escolha final sempre ser do executivo de linha.
Deve-se Ter sempre em mente a distinção entre precisão e interesse. Em termos ideais, os dados devem ser precisos (exatos) e de interesse (pertinentes).
Os aspectos de cada alternativa podem ser divididos em duas categorias amplas:
qualitativos e quantitativos. Os fatores qualitativos são aqueles para os quais é difícil e imprecisa uma mensuração em unidades monetárias; no entanto, um fator qualitativo pode, facilmente, ter um peso maior que uma economia de custo mensurável. Por exemplo, a oposição de um sindicato ativo à aquisição de novas máquinas poupadoras de mão-de-obra, pode fazer com que um executivo adie ou até rejeite de todo a instalação pretendida. Por outro lado, a possibilidade de se fabricar um componente a um custo inferior ao preço de venda do fornecedor pode ser rejeitado, porque, se fosse aceita, poderia fazer com que a empresa passasse a depender do fornecedor, em longo prazo, para o fornecimento de outras sub montagens. Os fatores quantitativos são os que podem ser mais facilmente reduzidos a valores monetários_ por exemplo, os custos projetados de materiais alternativos, de mão-de-obra
direta e de despesas indiretas. O contador, a estatístico e matemático procuram exprimir o máximo possível de fatores de decisão em termos quantitativos. Este método diminui o número de fatores qualitativos a serem avaliados.
A solução de problemas é, em essência, decisão _ a escolha de um dentre vários
caminhos a serem seguidos. Estes caminhos são identificados por um processo de busca e triagem quase sempre demorado, formal ou informal, levado a cabo, talvez, por uma equipe da empresa formada por engenheiros, contadores e executivos de linha.
O papel do contador na solução de problemas é, basicamente, o de um técnico
especializado em análise de custos. A responsabilidade do contador é ter certeza de que o administrador se oriente por dados que interessam, informações que o levam a tomar a melhor decisão.
A decisão baseia-se na diferença do efeito de ambas sobre o desempenho futuro
Os dados históricos ou passados não têm influência alguma na decisão. Podem ser
úteis para se fazer previsões, mas os números passados, por si mesmos, são sem interesse pelo simples fato de não serem os dados futuros esperados que os administradores têm que usar em decisões inteligentes. As decisões afetam o futuro. Nada pode alterar o que já aconteceu; todos os custos passados já se foram no que diz respeito às decisões atuais ou futuras.
Dos dados futuro esperado, só os que diferirão entre as alternativas é o que interessam.
Qualquer item é desprovido de qualquer interesse se continuar inalterado
independentemente da alternativa escolhida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário